No mês de novembro, em Brasília, será realizada uma audiência cujo objetivo é definir o fim ou não do uso de animais em circos no Brasil. De um lado estarão presentes organizações de proteção animal e do outro, dono de circos com animais.
Essa polêmica já dura algum tempo e depende da votação de alguns políticos. O relator do projeto, deputado Antônio Carlos Biffi (PT-MS), já apresentou parecer favorável à proibição dessa prática, entretanto, muitos políticos vêm sendo influenciados por proprietários de circos.
Diversos países já optaram pela proibição, tais como Áustria, Costa Rica, Dinamarca, Finlândia, Índia, Israel, Cingapura e Suécia. No Brasil a proibição já existe em alguns estados, como Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, e em outros está em fase de tramitação (Ceará e Santa Catarina).
Sabemos que a vida de animais em circo não é fácil. Vivem sobre constante estresse, desde os treinamentos até as longas viagens percorridas e as mudanças bruscas de ambiente, fato que na natureza não aconteceria dessa forma. Sem contar o pequeno espaço físico em que vivem e a qualidade e quantidade de alimentos que lhes são oferecidos.
E não é só com relação à vida dos animais de circo que precisamos nos preocupar. A nossa também está em risco, assim como a dos tratadores e treinadores. Não se pode prever como um animal estressado irá reagir a uma determinada situação. Alguns acidentes já foram até relatados pela mídia.
Outro fator está relacionado à transmissão de doenças, pois hoje ainda não existe vacinação eficiente para animais silvestres. Também não podemos esquecer que animais em circo estimulam o tráfico de animais.
Diante de tudo isso, não se pode aceitar essa prática por um capricho nosso. Hoje, existem diferentes formas de se divertir, até mesmo nos circos, sendo estes sem animais, onde o espetáculo vem do trabalho de artistas que, sozinhos, conseguem maravilhar a platéia.
* Slogan retirado do site
www.wspabrasil.org/circo-legal.html
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