TELEVISÃO: Relações internacionais

“Negócio da China”, próxima novela das seis da Globo, mistura romance e ação
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
por Jornal A Voz da Serra
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Grazi Massafera deixou o sotaque caipira de lado. Pelo menos durante as gravações de “Negócio da China” – novela que substituirá “Ciranda de Pedra” no horário das seis da Globo, a partir de 6 de outubro –, a atriz mostrou que está afiada com o acento levemente “carioquês” de sua personagem, Lívia. “Mas procuro não carregar e deixar o sotaque mais natural”, afirma ela, ao gravar uma cena do capítulo 10 em que a protagonista se lamenta com Júlia, de Natália do Vale, por estar desempregada. Na mesma hora, a médica diz que vai indicá-la à vaga de recepcionista do hospital onde trabalha.

Ainda na casa de Júlia, outra cena mostra seu filho Diego, vivido por Thiago Fragoso, indo embora para São Paulo. Mas a superprotetora mãe pede que ele não remexa o passado. Explica-se: já no primeiro capítulo, o pai do rapaz, Ernesto, de Antônio Fagundes, morre. Mas, antes, pede que Júlia revele ao filho que ele é fruto de uma inseminação artificial. “Conhecer o pai biológico vira, então, uma idéia fixa na cabeça dele”, adianta Thiago Fragoso, que está fazendo aulas de kung fu para o papel. “Vai haver cenas de combate na academia e de luta fora dela. Tenho de estar preparado”, pondera.

Gravando há cerca de um mês e meio e a menos de um mês da estréia, a trama de Miguel Falabella começa a partir de um roubo bilionário na China. O chinês Liu, vivido por Jui Huang, grava as informações do tal desfalque em um “pen drive” que roda meio mundo e vai parar em um bairro do subúrbio carioca. Lá, o dispositivo de memória mexe com o dia-a-dia dos moradores, que ficam afoitos por descobrir com quem está e o que há no aparelho. “Após o roubo biliardário, que tem ligação com a máfia chinesa no Brasil, o chinês faz o download para este pen drive, que fica camuflado em um colar de dragão”, explica o diretor Mauro Mendonça Filho.

Além do mistério pautado na tal operação internacional, a trama será permeada por romance, humor e ação. No centro dos dissabores amorosos está Lívia, uma jovem que casou-se cedo demais ao engravidar de Heitor, seu primeiro namorado, vivido por Fábio Assunção. Desiludida com o excesso de ciúme do marido, ela, que estava morando em Portugal, volta ao Brasil disposta a começar uma nova vida. Enquanto procura um emprego para se reestabilizar e criar o filho Théo, interpretado por Eike Duarte, Lívia conhece e apaixona-se por João, personagem de Ricardo Pereira. “Ela é uma mulher bem comum, mas tem uma força enorme que a estimula a batalhar”, define Grazi.

Para movimentar os “vaivéns” sentimentais, qualquer semelhança com filmes como “O Tigre e O Dragão”, “Matrix” e “Kill Bill”, não são mera coincidência. Com núcleos de música e de artes marciais como o kung fu, a história também promete abusar dos efeitos especiais. “Percebemos que essa é uma febre mundial e queremos, com isso, atingir o público infanto-juvenil”, pontua Mauro Mendonça Filho, que viajou esta semana para Hong Kong e Macau, na China, para gravar as cenas do roubo. “Não vamos mostrar a China da Muralha, tradicional, e sim uma megalópole com arranha-céus, luzes e, claro, figurino brega”, diverte-se.

Já o humor conhecidamente escrachado de Miguel Falabella deverá permanecer apenas no “Toma Lá Dá Cá”. “Toda a pansexualidade fica lá”, brinca o diretor. Na verdade, a trama, que a princípio seria exibida no horário das sete, está se adaptando para se integrar à linguagem das seis, normalmente composto de folhetins clássicos. “A novela é uma comédia romântica, muito focada no ser humano. A expectativa é a melhor possível”, encerra.

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