O ritmo freqüente e alucinado dos muitos que trafegam pela Avenida Conselheiro Julius Arp, que liga o centro de Nova Friburgo aos mais diversos bairros da cidade, em nada condiz com a paz celestial do Parque São Clemente. E nesse estressante cotidiano do vaivém de carros, caminhões, ônibus, motos e pessoas, em que a pressa se tornou uma incontrolável companhia, é bem possível que nem se perceba estar tão próximo de um dos mais belos e recônditos recantos da cidade, que pulsa, em alta e perfeita vitalidade, apesar da total poluição que vai tomando conta de seus arredores.
Palco de eventos reconhecidos nacional e internacionalmente e de inúmeros acontecimentos culturais, artísticos e sociais, o Parque São Clemente, que abriga o majestoso Country Clube, possui uma área com cerca de oitenta mil metros quadrados de espetaculares jardins, que exibem espécies da flora da Mata Atlântica, como bromélias e orquídeas, e plantas oriundas de várias partes do planeta, assim como papiros egípcios, bambus indianos, plátanos canadenses e as belíssimas cerejeiras japonesas, que proporcionam beleza e perfume, atraindo velozes beija-flores e pássaros os mais diversos, que disputam bico a bico o néctar das pequenas e sedutoras flores.
O estilo romântico do parque é obra do paisagista francês Glaziou e fascina sócios e visitantes do clube. Tudo convida a passeios às margens dos lagos, de preguiçosas águas mansas, embaladas por gansos, cisnes e patinhos. Nas caminhadas e corridas, a trilha sonora indispensável e inigualável de sabiás, bem-te-vis, canários, sanhaços e tantos outros pássaros garantem ao ambiente tranqüilidade e bem-estar.
Árvores e bambuzais acompanham os caminhos de curvas predominantes. E sob o céu azul ainda dá para contemplar imponentes montanhas friburguenses, como as pedras das Catarinas e do Imperador. Sem falar do conjunto arquitetônico do clube, um luxo a ser admirado à parte, e demoradamente, para não perder cada detalhe de espaços tão nobres, cuidadosamente preservados.
Um lugar que reúne o toque divino e a sensibilidade humana, numa paisagem definitivamente arrebatadora; perfeito para quem deseja quebrar a rotina urbana e se refugiar, mesmo que por alguns instantes, no aconchego do parque, ou até mesmo se perder, por toda a vida, na eternidade de seu verde.
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