História: A domesticação dos gatos (1)
Há cerca de 12 milhões de anos, os primeiros felinos começaram a habitar a Terra. Os fósseis desse período demonstram que logo haveria uma variedade enorme de animais da família dos felídeos, entre leões, linces, leopardos, guepardos e, claro, os gatos selvagens, dos quais descendem os gatos domésticos.
O nosso gato doméstico (Felis silvestris catus), descende evidentemente do gato selvagem da África. Na verdade, ele seria descendente de várias espécies selvagens, entre elas o gato-enfeitado, que vive no Irã, no Paquistão e na Índia e que vai naturalmente em direção do homem.
A domesticação do gato continua sendo bastante misteriosa e não estabelecida com certeza. A opção tradicional pretende que esta espécie tenha sido domesticada no Egito, onde foram encontrados os primeiros vestígios de domesticação do gato por volta de 4.500 anos a.C. Os egípcios tinham uma estima tão profunda por esses animais, que foram criadas leis para os proteger: matar um gato era um crime punido com a morte.
Apesar de os egípcios terem imposto a proibição da exportação de gatos, as pragas de roedores a bordo dos navios e o potencial lucro daquela carga preciosa incentivaram o contrabando. Os países banhados do Mar Mediterrâneo foram os primeiros a dar as boas-vindas ao gato, transportado provavelmente pelos barcos fenícios. A partir daí, o gato viajou por todo o mundo, chegando à Rússia, Inglaterra, China, Índia e Japão antes da Era de Cristo e, mais recentemente, no século 18, chegou à América do Norte, espalhando-se depois por todo o continente, e à Austrália, um século mais tarde.
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