Xô, tristeza! (I)
Alguns alimentos podem contribuir para melhorar o ânimo e espantar a tristeza. Estudos mostram que certos nutrientes podem alterar a produção de neurotransmissores – substâncias químicas que favorecem a comunicação entre as células do sistema nervoso – influindo de maneira positiva no ânimo. Com isso, o humor pode ser regulado a partir do que se come. Na prática, uma mudança do cardápio pode representar muito no combate à depressão e ao desânimo.
A serotonina é um desses neurotransmissores e a sua deficiência tem sido há muito associada à depressão e à ansiedade. Muitos antidepressivos são inibidores seletivos de recaptação da serotonina, ou seja, estes medicamentos permitem que a serotonina fique disponível e produza, assim, uma sensação de bem-estar.
Os alimentos não contêm essa substância no seu estado natural, mas através de um aminoácido chamado triptofano, que é um precursor da serotonina, e na presença de vitamina B6, verifica-se a conversão do triptofano em serotonina. Sendo assim, é importante garantir que a alimentação forneça triptofano e vitamina B6 suficientes.
O triptofano existe nos seguintes alimentos: carnes magras, peixes, leite e iogurte desnatados, queijos brancos e magros, nozes e leguminosas. Já a vitamina B6 é encontrada em aveia, filé de frango, banana, batata, uva passa.
O nível de açúcar no sangue (glicemia) é muitas vezes um fator de depressão. Um fornecimento de açúcar (glicose) ao cérebro, de forma estável, constante e sem grandes oscilações, ajuda a fazer subir os níveis de serotonina durante certo período de tempo. Por outro lado, a ingestão de carboidratos permite uma absorção mais rápida de triptofano pelo cérebro.
A forma mais eficaz de manter os níveis de açúcar constantes no sangue é evitar a ingestão de açúcares refinados (presentes em alimentos doces, bolos, biscoitos, chocolates, açúcar de mesa etc.), e aumentar os carboidratos complexos, que liberam lentamente o açúcar na corrente sanguínea.
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