Contra Josh Hill, Marlon Moraes talvez tenha travado a maior batalha em sua carreira nas artes marciais. O uniforme, ainda sujo de sangue, bem como os acessórios, são guardados como troféus pelo lutador de Nova Friburgo. Uma prática que ele costuma repetir a cada duelo pelo World Series of Fighting (WSOF), mas que desta vez teve significado especial.
"Realmente foi uma luta muito difícil, e essa roupa eu vou emoldurar para guardar como um troféu. São as recordações que quero guardar para mostrar ao meu filho e aos meus amigos.”
Em breve, o pequeno Rafael poderá ver os feitos do pai. Talvez, no entanto, não dê tempo para colocar as mãos no cinturão de campeão do WSOF na categoria pesos-galo. Moraes não esconde o sonho de migrar para o Ultimate Fighting, o UFC, a maior organização de MMA do planeta. Apenas desta forma, acredita, poderá alcançar o grande objetivo da carreira: ser o melhor do mundo.
Os melhores do planeta estão no UFC. Ser campeão no WSOF, em termos de comparação, é como ser eleito o craque da segunda divisão do futebol brasileiro. Mas é preciso uma proposta atraente, e acredito que mais cedo ou mais tarde ela vai chegar. O Ultimate tem buscado os bons lutadores de outras organizações, não só para se fortalecer, como também para enfraquecer as concorrentes”, destaca, citando o próprio WSOF e o Bellator.
"Balancei no primeiro round”
Na opinião de especialistas, a missão de Marlon Moraes no WSOF foi cumprida ao vencer Josh Hill, o último lutador de alto nível da categoria que poderia desafiá-lo. O combate teve três rounds, e todos foram bastante equilibrados. Acostumado a derrotar os adversários por nocaute, o friburguense sofreu diante do canadense. Ainda no primeiro round, Hill acertou o nariz de Moraes — até hoje o atleta passa por tratamento e sofre com os efeitos do golpe.
"No primeiro round, de fato, eu dei uma balançada. Ele encaixou bons golpes, mas eu reagi rápido. Nos rounds seguintes eu controlei bem, e no último ainda estava em dúvidas. Quando a gente foi para a decisão do árbitro, no momento em que se levanta a mão do vencedor, eu confesso que não tinha certeza sobre a minha vitória”, revela.
Lutador é homenageado pelo Friburguense
Aos 26 anos de idade, Marlon Moraes já conquistou o respeito no mundo das artes marciais, sendo reconhecido por toda a mídia internacional. Em Nova Friburgo não é diferente. O lutador é considerado um dos principais desportistas da cidade, e recebe apoio de grandes empresa a exemplo da Stam. Durante as pesagens, o atleta sempre lembra com carinho da cidade e costuma vestir a camisa do Friburguense para realizar o procedimento padrão antes dos combates.
"Tenho uma história com o Friburguense. Joguei muita bola naquele campo e fui sócio durante muitos anos”, diz ele. Os dirigentes do Tricolor da Serra reconhecem a paixão de Marlon, e no próximo domingo, 15, o lutador será homenageado durante a cerimônia pelos 35 anos de fundação do Friburguense. O evento acontece às 11h, na sede social do clube. "É motivo de muito orgulho, uma grande honra. Tenho um carinho muito grande pelo Friburguense e por Nova Friburgo”, destaca.
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