A Praça Getúlio Vargas é um símbolo de Nova Friburgo. Tombada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Artístico Nacional), ela se localiza bem ao centro da cidade, sendo um local bastante frequentada por comerciantes, famílias, jovens e crianças. Um elemento que embeleza e dá um charme especial a Nova Friburgo — e que vem sendo motivo de grande polêmica devido às recentes quedas de galhos e de espécies inteiras dos centenários eucaliptos plantados em torno de toda a praça e que, por motivos de segurança, começarão a ser podados e cortados a partir do dia 17.
O anúncio foi feito no último dia 6, terça-feira, após uma reunião entre o prefeito Rogério Cabral e os secretários de Defesa Civil, coronel João Paulo Mori, e de Serviços Públicos, Alan de Almeida. A decisão de poda e corte de algumas árvores foi tomada após diversas tentativas da Prefeitura de obter uma resposta do Iphan, e tem data definida nos fins de semana entre 17 de janeiro a 1º de fevereiro, no horário das 7h às 17h. Esse calendário, porém, poderá sofrer alterações, uma vez que o trabalho não poderá ser realizado em dias de chuva.
Serão podados 44 eucaliptos e haverá também corte raso de 40 outras árvores. Para tomar essa medida de segurança, a Prefeitura utilizará um estudo realizado pela Universidade Estácio de Sá. A operação terá a participação também das secretarias de Meio Ambiente, Obras, Ordem e Mobilidade Urbana e Fundação Dom João VI, além do apoio do Corpo de Bombeiros.
Opiniões: moradores falam sobre a poda das árvores
Alguns moradores de Nova Friburgo que estavam na Praça Getúlio Vargas durante a realização desta matéria cederam suas opiniões à equipe de reportagem de A VOZ DA SERRA. Através do depoimento desses friburguenses, é possível concluir que a situação das árvores centenárias realmente preocupa a população.
Amilson de Castro diz que costuma frequentar a praça de vez em quando e que, com o período de chuvas, o medo da queda de uma das árvores o preocupa. "Tenho medo de que uma árvore caia por aqui. Pode ter uma pessoa passando na hora da queda e ser atingida. Isso pode causar ferimentos graves ou até uma morte no local”, comentou o morador, que tem 50 anos.
Ismail Custódio da Silva, morador do bairro Girassol, passa pela praça frequentemente e acha que as árvores podem mesmo cair. "Na minha opinião, é muito perigoso e preocupante. Sou a favor que olhem bem esses galhos e tirem os que podem oferecer perigo”.
A moradora Maria Inês Chermout, 62 anos, contou o caso de uma pessoa que passou por um problema em relação ao assunto. "Uma amiga estava andando aqui na praça e caiu um galho na cabeça dela, quase a matou. Pra mim, deveriam cortar mesmo essas árvores e plantar novas nos locais.
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