Friburguense Lee Santos lança CD hoje no Teatro Rival, no Rio

quarta-feira, 31 de dezembro de 1969
por Jornal A Voz da Serra
Friburguense Lee Santos lança CD hoje no Teatro Rival, no Rio
Friburguense Lee Santos lança CD hoje no Teatro Rival, no Rio

Lucas Vieira

Com mais de trinta anos de carreira, a cantora e compositora friburguense Lee Santos lançará hoje, às 20h, seu segundo CD, intitulado Alma Feminina, no Teatro Rival Petrobrás, no Rio de Janeiro.

A cantora — que já se apresentou em diversos locais fora do país, como Argentina e Cuba — procura em seu novo trabalho externar a "alma feminina”, misturando composições próprias com regravações de músicas como "Fala” — composição de Luhli que fez sucesso com a banda Secos e Molhados — e "Do jeito que a vida quer”, de Benito de Paula.

Em entrevista ao jornal A VOZ DA SERRA, a cantora falou de sua carreira, influências e da apresentação que fará no Teatro Rival.

 

A VOZ DA SERRA - Uma das propostas do seu novo CD é externar a alma feminina. Quais as cantoras que te influenciaram e que você mais admira?

Lee Santos - Cantoras com interpretações marcantes como Ângela Maria e principalmente Elis Regina, que, além de grande cantora, era também excelente intérprete. Mas sempre tivemos grandes nomes na nossa música nesse universo feminino como Maysa, a afinadíssima Gal Costa e a incomparável Maria Bethânia, que, com sua interpretação única, vem há décadas encantando o seu público.  

Esse universo feminino é muito amplo. Não tem como não lembrar de Chiquinha Gonzaga, grande compositora e pianista, a bossa de Nara Leão, Elizeth Cardoso, que foi a primeira intérprete a gravar ‘Chega de Saudade’, e também de Jane Duboc, que tem suavidade e ternura na sua lindíssima voz, entre outras grandes da nossa música que poderia citar aqui. 


Quais foram as principais mudanças que você sentiu no lançamento de seu primeiro CD, Diamante, para Alma Feminina?

Sempre é um aprendizado um novo trabalho. Trouxe do CD Diamante a bagagem das gravações, a experiência do estúdio, da interpretação, da produção e concepção do trabalho fonográfico. 

Tenho sempre uma preocupação em atentar para a mulher compositora. Dentro da produção fonográfica independente, as cantoras e compositoras Luhli e Lucina foram as precursoras. Gostaria de ressaltar que componho desde 1981, mas só de três anos para cá resolvi destacar em meus trabalhos o meu lado de compositora.  


Como você iniciou sua parceria com a escritora Djanira Felipe?

A parceria com a escritora Djanira Felipe começou em um movimento de música e poesia que acontece uma vez por mês no Méier, no Rio de Janeiro. Djanira é de Fortaleza e foi lá que, em uma de suas férias, escreveu o poema Alma Feminina, título esse que surgiu em uma conversa informal. Após sua linda poesia, surgiu a música, que tive o prazer de fazer uns 20 dias depois. É importante ressaltar que temos outras canções para os próximos CDs, ou seja, uma parceria que já deu certo. 


Você tem contato com a música de Nova Friburgo hoje? Pode citar algum artista ou banda friburguense que admira? 

Tenho contato com artistas de Friburgo, sim. E não poderia ser diferente, mesmo porque sempre estive à frente de movimentos culturais na minha cidade e, com isso, passei a conhecer cada artista, prestigiando sempre seus trabalhos. Admiro muito o trabalho de As Fulanas, que são guerreiras, assim como outras artistas, e com certeza irão longe na estrada musical. 

Quero destacar as solistas Elis Monteiro, Cissa Rego, Cirinha, Janeth. Lembrar também de cantoras que fizeram e outras que ainda fazem trabalhos maravilhosos em nossa cidade, assim como Denise Pinaud, Adriana Novaes, Cida entre outras. Quero deixar bem claro que, na minha opinião, a música perpassa por estilos e, por isso, gosto  de ser eclética e acho que todo bom trabalho é bem vindo. 


Você tem se apresentado em várias casas de shows do Rio. Qual a sua expectativa e qual é a importância para você de se apresentar no Teatro Rival?

Venho construindo uma estrada há mais de trinta anos e há quase sete resolvi, literalmente, ultrapassar as montanhas, por entender que precisava expandir o meu trabalho e conquistar novos públicos. Precisava também estar em outras regiões. Apesar de já ter me apresentado em algumas cidades do Brasil, resolvi focar e construir na cidade do Rio de Janeiro o reconhecimento do meu trabalho. Reconhecimento esse que culminou nessa importante casa de grandes shows. 

Acredito que portas irão se abrir após essa apresentação. Sempre me preocupei com um trabalho de qualidade, focando no público fiel, lembrando sempre que as pessoas saem de suas residências para prestigiar o meu trabalho. Então, cada show que faço tem que ser sempre o meu melhor.  

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS:
Publicidade