A PROMESSA de construção de milhares de casas nesta campanha eleitoral vem ao encontro de um anseio de longa data do povo brasileiro. Em Nova Friburgo, por exemplo, a falta de moradias vem bem antes da tragédia de 2011, e aqui com o agravante de nossas condições geológicas. Não há imóveis seguros disponíveis para atender a toda a população. Nem o aluguel social consegue responder a esta dificuldade, tornando a busca por um lugar seguro uma tarefa inglória.
POR NÃO existir uma política habitacional no município, muitos imóveis foram construídos em áreas de risco e hoje sofremos as consequências. Se as promessas de construções de casas forem realizadas, muitas famílias que hoje se arriscam a cada chuva poderão ter um lugar mais protegido para morar.
INÚMERAS tragédias já ocorreram no município e estamos mal-recuperados de outra que ressalta a importância deste drama que atinge boa parte das cidades do Estado do Rio. O governo estadual reconheceu a alta periculosidade dos morros e encostas no estado e criou um plano de remoção de famílias que vivem nestas arriscadas áreas. Nova Friburgo, duramente atingida em seus morros e encostas, necessita de atenção especial.
NEM TUDO é fácil para moradores das cidades que constroem sem um devido planejamento urbano, que permitem o adensamento populacional em áreas de risco e não tomam providências para conter este avanço perigoso. O saldo de mortes ocorridas na Região Serrana foi um triste aviso da natureza, mas pouquíssimas cidades se preocupam devidamente com os danos que podem advir com as construções irregulares.
A DEFESA CIVIL fez conhecer as inúmeras áreas consideradas perigosas e que exigem uma atuação firme das autoridades. A previsão de chuvas no verão fluminense leva o governo a montar planos para oferecer tal cobertura à população. Para os friburguenses, a operação ganhou relevância, mas o órgão continua prestando um eficiente serviço à comunidade em diversas ocasiões.
EMBORA exista um aparato preventivo, é preciso estabelecer uma política consistente sobre o uso do solo. Este é um problema de todos e é importante rever as construções em locais perigosos. Se a Prefeitura agir assim, estará em sintonia com os esforços para mudar a política de ocupação no estado do Rio de Janeiro, estabelecendo limites ecológicos e físicos para impedir o crescimento exagerado de algumas áreas. O momento é de atualizar os conceitos e buscar ações eficazes e duradouras. Antes que outra tragédia venha tirar o sonho de muita gente.
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