NESTE DOMINGO, andarilhos estarão percorrendo a Trilha dos Imigrantes – circuito Caledônia, uma caminhada de 11,3 quilômetros, dando continuidade ao projeto Anda Friburgo, valorizando as matas com passeios inesquecíveis por diversos circuitos friburguenses. Sucesso total, o projeto vem atraindo a atenção de muitos e mostrou que o município é, realmente, um programa inquestionável, imperdível.
ALÉM DAS CAMINHADAS, a utilização das matas friburguenses para uso comunitário, através de parques municipais, oferece uma opção para quem não quer se afastar da área urbana, preferindo passeios mais próximos. Como exemplo, o Parque Ambiental Juarez Frotté, no bairro Cascatinha, que oferece através de sua diversificação ambiental condições para uma integração da população com a natureza.
A PREFEITURA criou uma importante área de lazer urbano, através de um espaço de uso comunitário que estivesse ao alcance de diversos segmentos como a educação, as artes, o esporte e outras manifestações. Moradores do Cônego e Cascatinha dispõem de um espaço ambiental com infraestrutura que permite o seu uso pela comunidade, criando uma consciência ecológica de respeito e preocupação com a conservação das matas e rios.
PREOCUPAÇÃO IGUAL é a que se vê no Parque das Furnas do Catete e o famoso Cão Sentado. Sua manutenção e infraestrutura fazem do local um ponto de interesse turístico não só pelos que chegam de outros municípios, mas do próprio friburguense. Outrora abandonado pelos poderes públicos, foi revitalizado no governo passado e ganhou a atenção da população. Trata-se de outra prova de que a consciência ambiental tem espaço para florescer, garantindo uma nova relação entre a natureza e o homem.
O TURISMO ecológico, quando feito de forma organizada e oferecendo amplas condições de uso respeitando a natureza, tem sucesso garantido. No rastro da utilização da Mata Atlântica, toda uma infraestrutura é posta a serviço dos visitantes, desde hotéis e pousadas a restaurantes e o comércio em geral. Através de um serviço de qualidade, pode ser oferecido um produto de rara beleza e diversificação, que vai do simples e agradável banho de cachoeira à contemplação de sua fauna e flora até o alpinismo e a canoagem em condições excepcionais.
A POPULAÇÃO friburguense não é insensível à constatação de que o turismo é a sua vocação que ainda não sofre as influências da macro-economia e da crise financeira. A natureza que o município oferece como "produto” ao visitante lhe garante uma posição mais favorável, sem depender tão-somente da força econômica. Ao contrário, trata-se de um patrimônio ecológico de alto significado e valor econômico. Sua biodiversidade e os rios se constituem na chamada "moeda verde”, cada dia mais valorizada.
OS PODERES públicos e as entidades comprometidas com o meio ambiente devem, portanto, aglutinar forças para que este patrimônio seja preservado, permitindo o seu uso dentro de formas racionais sem agressões, possibilitando à comunidade usufruir as suas excelentes condições, ao mesmo tempo em que adota um turismo com bases mais racionais e organizadas. A ecologia de Nova Friburgo é, ao mesmo tempo, problema e solução. Sem organização, se degrada; planejada, é fonte de renda.
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