OS NÚMEROS divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral — TSE — sobre o total do eleitorado apto a votar nas eleições de outubro mostraram que o Brasil passou dos 140 milhões de eleitores. A região Sudeste é a que concentra o maior número deles, com mais de 60 milhões, e o Estado do Rio chega à casa dos 12 milhões. Porém, além da grandiosidade, outros dados mostram que ainda precisamos melhorar bastante, como a educação.
O ELEITORADO municipal, como já foi divulgado em A VOZ DA SERRA, se apresenta com baixa escolaridade e aponta um desafio que os candidatos friburguenses aos cargos para o Congresso e o Legislativo fluminense se defrontarão. Nova Friburgo, com quase 150 mil eleitores, concentra a maioria da sua população em baixos índices de formação escolar.
EMBORA contenha ressalvas que possam modificar um pouco o quadro apresentado, o que se observa é que ainda não há um esforço concentrado para elevar a escolaridade do friburguense, tratando o assunto com prioridade absoluta, posto que o mercado de trabalho não aceita esta impiedosa condição. O primeiro grau completo, apenas, conforme apontado na estatística da justiça eleitoral, não abre as portas do trabalho na sociedade moderna.
O AVANÇO da educação infantil no município é um fato inquestionável que, a manter esta progressão, poderá modificar a situação em um futuro um pouco distante. O maior desafio encontrado é compatibilizar, hoje, o cidadão para a nova realidade que se mostra. Facilidades para o aprendizado existem, são baratas e produzem um efeito extraordinário.
EXEMPLO que não é mais tabu para ninguém é o acesso à rede mundial de computadores, a Internet, que permite utilizar a educação à distância através de inúmeros cursos oferecidos. O desafio é o político compreender a extensão dos índices da escolaridade friburguense e buscar ferramentas que modifiquem este quadro. Trata-se de uma tarefa de fôlego, que não se extingue apenas em um mandato eleitoral.
EM PLENA campanha, os números ainda revelam um perigo que se situa com a manipulação do eleitorado de baixa escolaridade, tratando o mesmo como se fosse massa de manobra e não um conjunto de cidadãos dignos e que merecem respeito. Leva vantagem quem se aperceber disso e procurar novas formas de resolver o problema da escolaridade — e não aguçá-lo ainda mais.
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