Como forma de reforçar a atuação na Região Serrana, a Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj) tem adotado uma série de medidas junto aos produtores. Um exemplo são as ações voltadas para a produção de trutas em Nova Friburgo, que visam o suporte aos criadores com frentes que ajudem a suprir a demanda gerada no município, que é hoje o maior produtor da espécie em todo o estado. Além de cursos, palestras, orientações e assistência em geral, há novidades como técnicas de manejo, um caminhão para o transporte de peixe vivo (incluindo alevinos, os filhotes de peixe) e um outro — frigorífico — para o escoamento de peixe abatido, ambos com capacidade de até uma tonelada.
Todas essas ações visam atender as dez truticulturas cadastradas no município — que atualmente têm uma produção mensal de três toneladas, número este que pretende ser dobrado em um ano. Segundo o biólogo Marcelo Britto (da equipe do escritório regional da Fiperj na Região Serrana, com sede em Nova Friburgo e servindo a outros seis municípios), a cidade tem todas as condições para isso.
"Por ser um peixe característico de água limpa e fria, a truta vem se adaptando muito bem às condições climáticas de Friburgo. E a produção pode ser dobrada porque as truticulturas daqui operam abaixo da capacidade máxima, mas a maioria tem alto potencial para o cultivo. A expectativa para 2015 é de que o município dobre sua produção mensal”, adianta Marcelo, que atua na Fiperj como extensionista.
ATUAÇÕES - Até o início do ano, a Fiperj contava apenas com a unidade de Cordeiro para dar assistência aos produtores de toda a Região Serrana, que, em março, ganhou o escritório com sede em Nova Friburgo para atender também os municípios de Bom Jardim, Duas Barras, Sumidouro, Teresópolis, Petrópolis e São José do Vale do Rio Preto. As demais cidades serranas continuam sendo assistidas por Cordeiro, que agora abriga uma unidade específica para a produção de peixes.
A ampliação da Fiperj não foi só na Região Serrana. Vinculada em 2011 à então recém-criada Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca, a Fundação (que na época tinha 23 anos e contava apenas com nove concursados, três veículos e três unidades para atender a todo o estado) tem hoje 91 concursados, quase 30 veículos e 17 frentes de atuação. Entre essas frentes, há 12 escritórios regionais (como o de Nova Friburgo) que levam assistência a produtores de todo o estado. A Fiperj tem ainda um telecentro para palestras, cursos e outras atividades — todas gratuitas — para promover formação e capacitação de profissionais da pesca e da aquicultura; duas unidades de produção de peixe (Cordeiro e Rio das Flores); uma unidade de pesquisa; e a Escola da Pesca, em fase de ampliação no município de São Gonçalo.
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