COM EMOCIONADOS discursos de despedida e inaugurações apressadas, os políticos que disputarão os votos dos brasileiros em 5 de outubro estão se despedindo dos cargos esta semana e dando a volta de apresentação para o início da campanha eleitoral de 2014. Até lá, terão oportunidade de conhecer o que se passa fora da redoma que "blinda” os palácios e gabinetes de governadores e parlamentares em todo o país.
POR CAMINHOS nunca antes percorridos pelos candidatos, as visitas que os postulantes aos cargos eletivos estarão realizando nas cidades, nos bairros e distritos, para muitos, são um exercício de cidadania, porém, com um susto a cada quarteirão que visitam. Por onde passam, mantêm contato com uma realidade que desconheciam, temiam ou fingiam desconhecer.
HOJE, uma nova realidade se impõe aos candidatos, da qual eles não poderão fugir e, mais ainda, não podem se isentar, sob o risco de serem derrotados nas urnas. A seis meses da eleição, embora distante, afunilam-se as chances daqueles que inventam projetos feitos a poucas mãos, sem o cheiro da reivindicação popular, que podem melhorar a vida e os destinos da população.
SÃO MUITOS os problemas que irão encontrar pelo caminho. Obras de infraestrutura, saúde, educação, meio ambiente, segurança, trabalho e moradia são alguns deles, e serão traduzidos em programas do horário gratuito na televisão. Porém, existem outros cujo olhar político não enxerga, ou costuma não enxergar, e que invariavelmente são os grandes problemas da população, dentre eles, o principal deles: a corrupção.
OS TEMAS que deverão ser debatidos nos próximos seis meses ganharam um novo aditivo nesta eleição: a força das redes sociais, a onda de inconformismo eletrônico que deu demonstrações de força e unidade contra os políticos brasileiros nas manifestações de junho do ano passado. E os internautas prometem botar o bloco na rua, ou melhor, no computador, cobrando medidas, exercendo a liberdade de expressão e opinião sem a interferência da legislação eleitoral.
EXCLUSÃO social, preconceito e violência são temas também complexos que não cabem na telinha e, por mais que busquem soluções, os políticos não encontram respostas suficientes nos gabinetes oficiais. A solução não é fácil e exige um esforço concentrado de todo o governo comprometido com a valorização e a qualidade de vida da população. É o que se precisa descobrir nas propostas apresentadas pelos candidatos durante a campanha eleitoral.
NO CASO de Nova Friburgo, o crescimento e o progresso econômico não estão somente nas mãos dos governos (federal, estadual ou municipal) ou dos parlamentares. Políticas públicas de incentivo à produção certamente passam pelos gabinetes, porém, fazem parte de um todo, capitaneadas pela iniciativa privada, que comprovará o sucesso ou o fracasso da nossa trajetória desenvolvimentista.
DAQUELES que buscam os votos dos eleitores espera-se que caminhem com todos os setores da sociedade para oferecer o apoio necessário, numa união sem fronteiras partidárias. O que conta é Nova Friburgo.
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