Quando se quer divulgar algo para o maior número possível de pessoas, muitos logo pensam na forma mais simples: espalhar cartazes em diversos pontos da cidade. Esse tipo de propaganda está mais presente nos grandes centros urbanos, mas em Nova Friburgo o número de anúncios tem aumentado consideravelmente. Andando pelas ruas do Centro, por exemplo, é possível encontrar cartazes divulgando as mais variadas coisas, em pontos de ônibus, postes, paredes, muros, orelhões... Um verdadeiro "Jornal de Serviço”, como poema de Drummond, gravado por Adriana Calcanhotto. Tem de tudo: aulas particulares, cursos de moda, venda e aluguel de imóveis, jogos de tarô. Tem até gente procurando cachorrinho perdido e anunciando excursões para os mais diversos lugares, incluindo para Aparecida do Norte, Feira de São Cristóvão e Ilha de Paquetá.
E ainda existem aqueles que utilizam o local como uma espécie de mural do desabafo. Ao longo da Avenida Alberto Braune, por exemplo, um indivíduo não identificado — e notoriamente indignado — colou pequenos folhetos de denúncia a um homem, segundo consta, "mentiroso e ladrão”. Inusitado, não? Pois é, mas nas grandes cidades a situação vai além. Muitos homens e mulheres profissionais do sexo também utilizam esses espaços para fazer propaganda dos serviços prestados.
Porém, o fato é que esses cartazes poluem as ruas da cidade. Algumas pessoas que passam por eles até se atrevem a arrancá-los, mas as marcas permanecem e outros são colocados no lugar. Apesar de não haver um controle por parte do órgão responsável, de acordo com o artigo 98 do Código de Posturas do município, "a exploração dos meios de publicidade nas vias públicas e logradouros, bem como nos lugares de acesso comum, depende de licença da Prefeitura”.
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