OS PROFESSORES da rede municipal de ensino reúnem-se amanhã, em assembleia, para avaliar proposta de greve da categoria reivindicando melhores salários e infraestrutura para a educação friburguense. Cansado de esperar algum avanço nas negociações com o governo municipal, o magistério pode deflagrar o movimento.
ATUALMENTE, os professores protestam contra mudanças ocorridas no plano de carreira da categoria. Segundo o Sepe, o governo vem diminuindo o percentual de reajuste da categoria, mas este é apenas um pequeno detalhe no universo de problemas existentes na educação nacional. Existem muitos outros.
DOMINGO PASSADO uma emissora de televisão transmitiu o drama do ensino público na região Nordeste do país, com exemplos entristecedores que demonstram a baixa qualidade da educação e o desleixo dos governantes com políticas públicas que minimizassem este grave problema. Conforme se viu, além de indignar o cidadão, a educação brasileira aproxima-se, em muitos casos, das nações mais carentes do continente africano.
ALÉM da falta de estrutura, em todas as cidades, é consenso a decepção da categoria com os rumos da educação, vitimada por todos os lados, inclusive em sua integridade física, onde já se assiste a professor ser ameaçado e agredido por alunos dentro da escola. Desenvolver este fundamental contingente de profissionais, promovendo seu aperfeiçoamento e pagando-lhes salários dignos, é o desafio imediato para quem quer formar gerações de cérebros no futuro.
NO DISCURSO de lançamento do Pré-Sal, em 2009, o ex-presidente Lula mostrou a intenção de se gastar futuramente os lucros da exploração com a educação. Vale dizer que somente teremos retorno de tamanho projeto a partir de 2020, quando a exploração se concretizar, e até lá, enquanto os técnicos trabalham e os investidores apostam, a educação brasileira caminha à deriva do progresso e do desenvolvimento.
O PRÉ-SAL não é um problema do governo tão-somente. E muito menos motivo de barganha política e ambição eleitoral. Sua riqueza proporcionará dias melhores para as novas gerações, provavelmente erradicando a pobreza no país. Mas até lá temos um longo caminho a percorrer, começando no aprimoramento de quem estará formando os futuros trabalhadores através da educação.
SE TODOS NÓS temos a certeza de que a educação é a salvação de qualquer país, então que se comece agora o preparativo para a grande mudança. O futuro está na sala de aula hoje, com o professor e seus alunos.
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