Ter a casa própria ou um carro do ano não está mais na lista de prioridades da maioria dos brasileiros. É o que indica uma pesquisa divulgada no fim do ano pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), onde 88% dos entrevistados querem melhorias na saúde e 73%, uma educação de qualidade. O estudo revela ainda que 61% se preocupam com a violência e 60% desejam melhores oportunidades de trabalho.
A pesquisa Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) foi a campo em agosto de 2013 e ouviu 3.819 pessoas, em mais de 200 cidades do país. Cada indivíduo escolheu, em entrevistas cara a cara, seis prioridades para sua família dentre 16 opções listadas aleatoriamente.
O estudo consistiu em perguntar aos entrevistados questões como: Quais prioridades recebem destaque diferenciado entre os menos escolarizados, os mais pobres e os beneficiários do Bolsa Família? O que merece atenção especial entre mulheres, negros, nordestinos e no interior dos estados? Como as prioridades brasileiras se comparam às do resto do mundo?
Vale destacar que os dados, inéditos, foram apresentados pelo presidente do Instituto, Marcelo Neri, durante cerimônia em que o Ipea recebeu da Organização das Nações Unidas (ONU) o prêmio My World (Meu Mundo), em Brasília. A premiação foi concedida ao Instituto por ter dado a maior contribuição da América Latina e Caribe para a pesquisa Meu Mundo, que ouve e registra as prioridades da população mundial para subsidiar a revisão da agenda global dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) pós-2015.
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