A velha máxima do futebol diz que tabu existe para ser quebrado, mas não foi dessa vez que o Friburguense pôs fim ao jejum de 14 anos sem vencer em Conselheiro Galvão. O Madureira aproveitou a falta de poder ofensivo do Friburguense no primeiro tempo e teve a competência de marcar duas vezes em três minutos. Entretanto, a equipe de Luiz Mendonça voltou diferente do intervalo, dominou o segundo tempo e diminuiu com o gol do lateral Felipe. O Frizão pressionou até o último minuto, mas não conseguiu reverter derrota por 2x1. De folga na próxima rodada, o Tricolor da Serra volta a campo apenas no dia 5, quando encara o São Gonçalo, às 15h, fora de casa.
Dois gols em três minutos complicam o Frizão
O trio de ataque funcionou contra o Ceres, marcou quatro gols e garantiu a primeira vitória do Friburguense na Copa Rio. Entretanto, Jorge Luiz, Toshyia e Romulo sequer viajaram para Conselheiro Galvão. Os dois primeiros estavam lesionados, e o camisa 10 suspenso. Para a vaga de três dos mais importantes jogadores da equipe, Mendonça optou por jovens promessas, e apenas uma delas não se intimidou com o gramado seco e apertado do Aniceto Moscoso. As tentativas iniciais foram pela direita, explorando a velocidade de Vitor. Na primeira, o atacante baiano conseguiu uma falta, e na segunda, um escanteio. Em ambas, a defesa do Madureira levou a melhor. O time da casa, a princípio mais recuado, pegou a defesa do Friburguense desprevenida em contra-ataque aos oito minutos, e Cadão foi obrigado a parar a jogada. A falta sofrida por Maciel, próximo à grande área, terminou na cobrança de Bruno Thiago por cima da meta. Principal opção ofensiva, o lado direito do Friburguense voltou a funcionar aos 13 minutos. Vitor recebeu lançamento longo de Bruno, arrancou e bateu cruzado, mas Roberto afastou antes do complemento de Luis Felippe.
Mas nenhum lance levou tanto perigo quanto a tabela entre Jeferson e Heitor, que entrou com liberdade na área de Afonso e acertou a trave. Pouco depois, nova troca de passes do Tricolor Suburbano até Maciel receber pela direita e cruzar para a cabeçada de Jeferson. Afonso fez grande defesa e evitou o primeiro gol do Madureira. Na sequência do lance, após a cobrança do escanteio, o camisa 1 apareceu bem novamente para defender o chute de Heitor. Mas foi em rápido contragolpe, aos 26, que o Madureira abriu o placar: Bruno Thiago lançou Maciel nas costas da defesa, e o camisa 9 passou por Afonso antes de tocar para o fundo das redes. Apenas dois minutos depois, a defesa do Friburguense bobeou, Bruno Thiago bateu e Betinho aproveitou o rebote de Afonso para ampliar o marcador. A primeira finalização de fato do time de Luiz Mendonça aconteceu aos 31 minutos, através de Pierre, longe do gol. O Tricolor da Serra sentiu o golpe, e sem poder de fogo no ataque voltou a ameaçar apenas aos 40 minutos: Luis Felippe recebeu passe, foi ao fundo e bateu cruzado em direção à grande área, mas ninguém chegou para completar.
Friburguense domina o segundo tempo
O técnico Luiz Mendonça voltou dos vestiários com duas alterações. Damião e o reestreante Paulo Roberto substituíram Jeferson e Luis Felippe. Mudanças com o objetivo de aumentar a marcação no meio-campo e o poder ofensivo. No primeiro chute a gol, com menos de um minuto, o lateral Felipe quase surpreendeu Dida com o quique da bola na pequena área. Pouco depois, Gean cobrou escanteio, Cadão subiu e cabeceou sem direção. De fato, a estratégia de pressionar nos instantes iniciais rendeu ao Friburguense duas finalizações em cinco minutos. E um gol, aos oito, após triangulação entre Gean, Vitor e Paulo Roberto, que parou em Dida. No rebote, Felipe bateu sem chances de defesa e diminuiu o marcador. Com toques rápidos e movimentação, o Tricolor da Serra dominava o adversário e conseguia envolver a defesa carioca pelo lado direito. Aos 13, Sergio Gomes recebeu de Vitor e levantou na direção de Paulo Roberto, mas Uirá cortou no meio do caminho. A bola aérea era a principal alternativa do Madureira, e desta forma, em duas faltas na intermediária, Bruno Thiago levou perigo ao gol de Afonso. Presença constante no ataque, o Friburguense conseguiu uma falta quase na linha da grande área aos 24 minutos, mas Damião cobrou forte demais e jogou por cima.
A pressão serrana prosseguiu, e após cobrança de escanteio aos 29, Dida não segurou, Sergio Gomes ajeitou e Bruno bateu em cima da zaga. Em lance semelhante, aos 33, Dida soltou nos pés de Bidu, que pressionado pela marcação chutou para fora. Os minutos finais foram de tentativas do Friburguense contra um Madureira recuado e perigoso nos contra-ataques — embora não tenha encaixado nenhuma das tentativas. No último escanteio da partida, Dida cortou parcialmente de soco, mas Douglas Tardin não conseguiu a finalização. Entretanto, na tentativa final, o camisa 1 suburbano não deu rebote em falta cobrada por Gean e garantiu os três pontos para o time da casa.
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