Comemorado neste domingo, 12, o Dia das Mães é considerado uma data especial para todas as mulheres que desempenham uma importante missão na vida: cuidar e conduzir novas criaturas, biológicas ou adotadas. Que mundo queremos deixar para nossos filhos? Ou seria o caso de perguntar: que filhos queremos deixar para o mundo? Afinal, nosso planeta reflete o que somos e resulta do nosso comportamento em relação a ele. São noites sem dormir, apertos no coração e uma felicidade sem fim a cada conquista dos filhos. Por toda a vida. Tantas emoções merecem muito mais do que um dia de reconhecimento e afagos. Assim sendo, a equipe de A VOZ DA SERRA se propôs a fazer uma matéria diferente, com depoimentos de quem acompanha de perto essa árdua mas prazerosa rotina, cheia de sustos e surpresas. Coletamos depoimentos de pais de diversas idades e profissões sobre as mães de seus filhos. São relatos sinceros e comoventes que revelam todo poder e magia da maternidade. Confira:
De Sérgio para Gilse
"O que mais me impressiona na Gilse é a maneira como ela sempre se relacionou com os meninos e seu respeito por eles desde pequenos. Gilse consegue cuidar deles e estar disponível para cada um sem abrir mão de sua individualidade. Graças, em grande parte, a esta mulher tão criativa e corajosa, conseguimos criar nossos filhos num ambiente de muito amor e alegria, sem disputas, competições e ciúmes. O resultado é que hoje, já crescidos, todos são extremamente unidos e é bonito ver quando eles se encontram. Ficam relembrando histórias da infância, olhando fotografias, rindo. A gente costuma participar destas farras, mas às vezes eu fico só de fora olhando e curtindo a festa deles.
Quase todos os nossos oito filhos nasceram em casa, uma experiência grandiosa e que até hoje me cala profundamente. Como era incrível observar a maneira como Gilse se preparava para dar à luz e sua tranquilidade e segurança naquele momento. Eu aprendi com ela uma coisa maravilhosa. O ser humano não sabe fazer um dedo, não sabe fazer um cérebro, mas sabe fazer esta obra-prima que é uma criança. Impressionante. Minha vontade naquela hora era me curvar diante daquela mulher e reverenciá-la.
Nós sempre quisemos ter muitos filhos e eles foram vindo, um a um, sempre bem-vindos, apesar de todas as dificuldades que tivemos. Longe de ser uma loucura, porém, foi maravilhoso. O que posso dizer é que valeu a pena, e como valeu! Nossa família era assim, meio diferente das outras, não é? Não tínhamos televisão em casa, por opção. À noite, a gente se reunia e ficávamos ouvindo Gilse tocar piano. Lembro-me de uma vez que ela estava tocando e antes de entrar fiquei no portão ouvindo, embevecido. Quando Gilse contava suas histórias, com aquele seu jeito todo especial, eu corria com o serviço da casa para dar tempo de ouvir também. Um dia, ela tinha saído e tentei contar uma história para eles, mas as crianças logo me disseram que não precisava continuar. É, perto dela eu não levava o menor jeito para a coisa...
Sim, eu era como um filho mais velho desta mulher admirável. Fui me educando com ela, aprendendo com ela a lidar com os meninos e a cuidar deles. Hoje, já temos até dois netinhos e, como sempre, lá está a Gilse, com seu sorriso aberto, como quem não quer nada. Pronta para ajudar sem invadir, sem se meter, sem jamais criticar, seguindo o exemplo de sua própria mãe, a minha querida dona Layse. Ambas são educadoras natas, seus alunos se apaixonavam por elas e ambas salvaram alguns deles da marginalidade. Com sua sabedoria, mas principalmente com sua intuição e sensibilidade.
Algumas pessoas poderão estranhar eu falar assim dela, pois estamos separados há dez anos. Até tentamos ficar juntos de novo, mas temos, cada um de nós, um caminho diferente a trilhar e respeitamos isso. Já tivemos problemas de relacionamento, mas a gente sempre conseguiu suplantá-los. Estudamos juntos, cuidamos um do outro quando um ou outro fica doente, passamos o Natal e outras datas festivas juntos, nem parece que somos separados. Sim, dá para perceber. Gilse foi a mulher da minha vida.”
De Rogério para Luciane
"Já são 14 anos de um feliz casamento, graças a Deus! Conheci a minha esposa, a Luciane Maia, na igreja que frequentamos até hoje, a Segunda Igreja Batista de Olaria, e nos apaixonamos e começamos a nos conhecer melhor. É uma união em que um completa o outro. Tenho na Luciane um verdadeiro exemplo de mulher e também de mãe. Afinal, há cinco anos e meio tivemos uma verdadeira vitória em nossas vidas: a chegada da Victória, um amor de menina, nossa filha querida, que se tornou a nossa maior razão de viver. Admiro a Luciane — que é merendeira da secretaria municipal de Educação e cursa pedagogia no polo Cederj — por suas muitas qualidades. Com muitas dificuldades, ela conseguiu ainda tornar-se professora. Luciane se dedica ao trabalho, aos estudos e oferece total dedicação à Victória. Minha esposa é uma mulher zelosa e bastante preocupada com a educação e a formação da nossa filha. Sem dúvida, são detalhes que a Luciane tem e que merecem ser observados e, principalmente, valorizados nos dias de hoje.”
De Francisco para Irene
"Ela é a dona de tudo, a rainha do lar, ela vale mais para mim que o céu, que a terra e o mar. A minha esposa Irene nasceu para ser mãe em sua essência e durante todo o tempo. Desde que saiu da maternidade, ela colocou sua vida a serviço da família e dos nossos quatro filhos — Tatiana, Nelson, Fausto e Taís —, todos gerados e criados com muito amor e dedicação total.
Durante toda a infância, ela sempre esteve junto dos meninos, levando ou buscando nas aulas ou nos mais diversos programas, incentivando-os a praticar esportes ou a participar da banda do colégio. Mãe dedicada, comprometida, compreensiva e atenta, Irene soube usar o diálogo sem perder a austeridade necessária para educar uma criança. O resultado foi o melhor possível.
Na escola, o fato de acompanhar de perto os estudos de cada filho garantiu que eles fossem muito bem alfabetizados e tirassem ótimas notas. Irene nunca perdeu uma reunião de pais, exigindo também a minha presença nas mesmas. Sabia da importância destes encontros na educação das crianças. Irene também deu uma excelente educação religiosa aos meninos, o que embasou ainda mais sua formação.
Mais tarde, nos momentos difíceis da adolescência, ela foi a mãe sempre presente e amiga, aconselhando-os a ficarem juntos quando saíam e a se afastarem das drogas, do sexo fácil e da convivência com pessoas de má índole. Além disso, Irene os orientou muito bem na escolha da profissão. Todos cursaram universidades públicas e hoje estão formados e bem empregados.
Ela sempre os incentivou a darem voos mais e mais altos, exercitando todos os dons recebidos. O resultado é que hoje, no bairro onde moramos, várias vezes somos elogiados pela postura de nossos filhos. Atribuo este resultado positivo principalmente à atuação desta mãe dedicada e zelosa.
Grande mulher a minha Irene. Ela soube fazer nossos filhos crescerem como pessoas, prontos para levar esperança à sociedade. Que Deus abençoe não apenas ela, mas todas as mães de nossa cidade.”
De Edson para Leila
"Falar sobre a minha esposa, a mãe do Edson Barboza Junior, hoje famoso pelas lutas no UFC, não é uma tarefa complicada. O cuidado dela em acompanhar o Junior foi muito grande, principalmente a partir dos oito anos, quando eu não pude estar junto. Leila esteve sempre presente, o levava para os treinos e sem esperar que o Junior tivesse todo esse potencial. Ela pensava que era uma brincadeira de criança, um divertimento qualquer e o caminho para evitar que nosso filho ficasse na rua. A evolução foi grande e, quando ele saiu da Imperatriz de Olaria para a academia, no centro da cidade, a Leila se desdobrou para apoiá-lo. Lembro-me que ela passava todo o vale-transporte que recebia no trabalho para o Edson. Em alguns dias, essa rotina se repetia por quatro vezes. Leila faz parte desse sucesso e está sempre acompanhando, procura conversar pela internet, observa se o rosto dele não está machucado e pergunta se ele precisa de alguma coisa. O Edson brinca e pede dez reais, relembrando os tempos de dificuldade. Além de mãe, a Leila é amiga, companheira e muito dedicada a toda a família. Quando não consegue falar com o filho nos Estados Unidos, por um dia, já fica preocupada. A convivência que nós temos há 36 anos é sensacional e Edson Junior é fruto desse relacionamento. Eu só tenho a agradecer por toda essa dedicação comigo e com o Junior.”
De Gutemberg para Alessandra
"Desejo a todas as mães um dia repleto de felicidade e alegria! Em especial, desejo um grande dia para a mãe mais linda, que me enche de orgulho e admiração: minha esposa Alessandra. O amor, carinho, dedicação, exemplo, força, paciência, ternura dedicados à nossa filha, Bárbara, desde novinha... é lindo demais de se ver! Parafraseio Drummond: ‘... Mãe não tem limite, é tempo sem hora, luz que não apaga quando sopra o vento e chuva desaba... Mãe, na sua graça, é eternidade.’ Ela representa tudo isso e muito mais... Te amo, Feliz dia das Mães!!”
De Khristian para Claudiane
"Você que me deu três presentes de Deus;
Que abdicou da sua juventude para deles cuidar;
Que divide ao meu lado a direção dessa equipe;
É a pessoa que merece hoje todas as glórias, todas as graças!
Você é o meu presente!
Obrigado Clau, por ser a mãe dos nossos filhos.
Feliz dia das Mães!”
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