Dalva Ventura
As duas barraquinhas situadas na esquina das avenidas Alberto Braune com Ariosto Bento de Mello já são velhas conhecidas dos friburguenses. De um lado, doces saborosos, capazes de agradar ao paladar mais sofisticado. Do outro, uma pipoca maravilhosa, irresistível. Tem gente que atravessa a Alberto Braune só para não cair em tentação.
Amélia Condack é quem prepara os brigadeiros, cocadas, cuscuz, pés de moleque, canudinhos e outras delícias que vende em sua barraquinha. Tudo feito e servido com toda higiene e capricho.
Ela está no ponto há dois anos, depois que perdeu seu restaurante no Córrego Dantas. Deu certo. Todos os dias, das 10h às 19h,de segunda a sábado, lá está ela, firme e forte, vendendo seus docinhos.
O preço é convidativo. Custam, em média, R$ 2, o que contribui para que ela venda praticamente todas as 400 unidades preparadas no dia anterior por ela, o marido e os filhos. Em alguns momentos os clientes chegam a formar fila para serem atendidos. E não são raros os que compram para levar para casa. Amélia também já se tornou amiga da turma da terceira idade que costuma ficar batendo papo nos banquinhos da Ariosto. “A maioria não pode comer doces, fico com tanta pena”, diz.
Pipoca: Um negócio de família
Quem gosta de pipoca, já sabe: a pipoca de seu Generoso Guedes é a melhor da cidade. O segredo é, em primeiro lugar, um milho de primeira qualidade. No caso da pipoca salgada, a adição de queijo provolone garante um gosto todo especial a esta iguaria apreciada por crianças e adultos. Já a pipoca doce tem que ser feita com extremo cuidado para o açúcar não queimar. Ele explica também que é importante desprezar a que sobrou no fim do dia. O que, na verdade, muito pipoqueiro não faz.
Atualmente seus netos Fabio e Maria Tereza o ajudam a tocar o negócio. “Só de pipoca são 14 anos”, disse Fabio, referindo-se ao avô que hoje é dono de duas carrocinhas, a da Ariosto e a que fica na Rua General Osório, perto do Colégio Modelo e do Centro Médico, ou mais à frente, na altura da Cultura Inglesa. Eles costumam chegar às 14h e por volta das 20h guardam a barraquinha num estacionamento próximo, não sem antes varrer bem a calçada.
O saco pequeno de pipoca, doce ou salgada, custa R$ 2,50 e, o maior, R$ 3,50. O negócio não chega a ser lucrativo, mas, mal ou bem vem garantindo o sustento da família. “Dá para o gasto”, diz. Hoje Fabio é quem tem permanecido à frente da barraca da Ariosto. Seu Generoso prefere ficar na General Osório, nem tanto por ser mais tranquila, mas principalmente por causa dos alunos das escolas situadas por perto. Os pequenos nem sempre têm dinheiro para comprar, mas quando pedem uma provinha já sabem que seu Generoso faz jus a seu nome. É claro que ele dá!
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