Enquanto há vida...

Esperança. Este é o sentimento que move o Friburguense na reta final de campeonato carioca. As chances de avançar às semifinais da Taça Rio são remotas e o tricolor da serra precisa vencer os dois jogos restantes, a começar pelo Madureira neste sábado, 14, às 16h, no Eduardo Guinle. Além de conquistar os seis pontos (encara o Quissamã no dia 21), o Frizão terá que torcer contra Volta Redonda e Nova Iguaçu. A missão é difícil, mas não impossível, na visão do técnico Gerson Andreotti.

“Nós temos que pensar primeiro em fazer o nosso papel, vencer esses dois jogos em casa e encerrar o campeonato com dignidade. Depois vamos ver como fica a nossa situação”, declarou ainda em Moça Bonita, logo após a derrota para o Botafogo.

O Friburguense ocupa a quarta colocação do grupo A, com seis pontos conquistados. O Botafogo, já classificado, lidera a chave com 15, seguido pelo Volta Redonda, 12, e Nova Iguaçu, oito. Em caso de um tropeço do Nova Iguaçu e derrotas do Voltaço contra Olaria e Botafogo, o Frizão iguala a pontuação do rival com duas vitórias e avança por ter o melhor saldo de gols.

 Desde o jogo da última quarta-feira, em Moça Bonita, o Friburguense teve apenas dois dias de preparação para o duelo contra o Madureira. Na quinta-feira, os jogadores que atuaram contra o Botafogo fizeram trabalho de recuperação física e muscular. Na sexta, Andreotti acertou os últimos detalhes em treino tático, seguido do tradicional recreativo. Os ingressos serão vendidos nas bilheterias do clube ao preço de R$ 20 (R$10 a meia-entrada) para as arquibancadas descobertas e R$ 20 nas sociais para os não associados, e R$ 10 para os sócios do clube. Às 13h45, os juniores das duas equipes fazem a partida preliminar.

O campeonato carioca ainda não acabou para o Friburguense. Restam dois jogos em casa, e dependendo de uma combinação de resultados a equipe pode avançar às semifinais da Taça Rio. Apesar de acreditar na vaga, Gerson Andreotti antecipou o discurso de despedida da competição. O treinador, que deverá renovar contrato para as disputas da Copa Rio, no segundo semestre, e o estadual de 2014, lembrou as dificuldades e elogiou o trabalho feito pelo clube.

“Eu termino o campeonato estadual orgulhoso do Friburguense, pela dificuldade do Siqueira (gerente de futebol) para conduzir o clube. Os amigos que trabalham na imprensa e vivem o dia a dia do time sabem o quanto é difícil fazer futebol sem apoio. E a nossa equipe, faltando quatro ou cinco rodadas, já estava livre do rebaixamento e brigando para classificar. Ainda temos chances e isso prova que existe trabalho, caráter e hombridade dos jogadores.”

Andreotti assumiu o Friburguense em maio de 2011 e cumpriu a missão de reconduzir o tricolor da serra à primeira divisão estadual. Na mesma temporada, conquistou o vice-campeonato da Copa Rio e a vaga na série D do Campeonato Brasileiro. No ano passado, garantiu a permanência na elite estadual e esteve perto de subir a equipe para a série C do Brasileirão. O fato de não ter levantado nenhum troféu pelo Friburguense não preocupa o treinador, que possui no currículo os títulos de campeão brasiliense, catarinense e da terceira divisão nacional. “Às vezes a gente não conquista título, mas consegue fazer do jovem jogador um profissional de verdade. Ele evolui como homem e nós conseguimos tirar o máximo desses atletas. Sempre sonhei em trabalhar dessa forma e estou tendo esse prazer em Nova Friburgo.”