ESPORTES - Um gol foi pouco

O Friburguense tentou de todas as formas. Desde o primeiro minuto, o tricolor da serra pressionou o Macaé, teve mais posse de bola e marcou apenas um gol. O time visitante foi poucas vezes ao ataque, mas também conseguiu balançar as redes no início da partida. E ficou nisso: 1x1 no Eduardo Guinle, em partida disputada na tarde do último sábado. O Frizão chegou aos nove pontos e ocupa a nona colocação na classificação geral, a cinco pontos do Bangu, o melhor entre os times de médio porte. A equipe de Andreotti terminou em 4º lugar do grupo A na Taça Guanabara e volta a jogar apenas no dia 16 março, quando recebe o Nova Iguaçu pela primeira rodada da Taça Rio.

O Friburguense reencontrava o Eduardo Guinle após quase um mês afastado. No ataque, a surpresa era exatamente um fruto da cidade de Nova Friburgo: o atacante Douglas Tardin, na vaga do suspenso Jorge Luiz. O primeiro cruzamento de Flavinho aos quatro minutos foi na direção dele, mas o camisa nove não alcançou. Na primeira vez que o Macaé foi ao ataque, Cadão dividiu com Jones e o árbitro assinalou o pênalti: Jones deslocou Adilson e fez 1x0 para o adversário. De maneira imediata, o Friburguense respondeu em cabeçada de Bidu defendida por Luiz Henrique. O goleiro também evitou o tento de Flavinho aos sete minutos. O tricolor da serra assustou em novo chute de Flavinho, travado na hora certa. Marcelo cobrou o escanteio, Cadão não alcançou o cruzamento e Romulo errou o alvo no rebote. Aos 11, Romulo roubou bola na intermediária e tabelou com Ziquinha, que foi ao fundo e cruzou. O levantamento passou por toda a área e sobrou para Flavinho emendar de primeira por cima. Jogando no meio-campo, Romulo fez valer a nova função e descolou bom passe para Douglas bater prensado. Com maior posse de bola, o tricolor da serra mandava no jogo e quase marcou em cabeçada de Sergio Gomes aos 15 minutos. Luiz Henrique evitou, mas o árbitro havia parado o lance e marcado falta. Flavinho tentou acionar Romulo, mas a defesa se antecipou antes que o atacante pudesse completar para o gol. De fato, até os 20 minutos, o Macaé havia chegado uma vez à meta tricolor. Em lance semelhante ao que originou o gol macaense, Ziquinha fez fila na grande área, caiu e o juiz nada marcou para a revolta dos torcedores. Na sequência, Marcelo bateu o escanteio, Diego desviou para trás e por pouco não marcou contra. À base da pressão, o time de Andreotti era presença constante no ataque, mas não acertava o último passe. As conclusões também não estavam calibradas, até então. Bidu recebeu de Sergio Gomes e bateu de primeira por cima da meta. Seria a última jogada de Sergio, que sentiu uma lesão e foi substituído por Zé Victor. O Frizão continuava pressionando o adversário: aos 37, a defesa salvou em cima da linha o desvio de Bidu e Douglas mandou a sobra para fora. Aos 42, um lance estranho quase se transformou em gol do Friburguense. A bola cruzou toda a extensão da grande área de um lado a outro, sem ninguém para mandar para as redes. Nos últimos instantes, Douglas e Marcelo perderam chances incríveis e, com duas defesas sensacionais, Luiz Henrique evitou o empate do Friburguense. A justiça foi feita no minuto final, quando Lucas subiu mais que a defesa e cabeceou para empatar.

O mesmo Friburguense da primeira etapa retornou para o segundo tempo: com posse de bola, tomando a iniciativa e agredindo o adversário. Aos três minutos, Romulo recebeu, invadiu a área e tocou para a defesa de Luiz Henrique, com os pés. Da mesma forma, o goleiro salvou o chute de Douglas, livre na marca do pênalti. O Macaé tentou ser mais ofensivo, mas não obteve sucesso nas primeiras tentativas assim como o time de Andreotti, que continuava pecando nas finalizações. Romulo foi lançado na grande área e, livre de marcação, escorou para fora. A pressão persistia e os erros de finalização também, como na tentativa de Marcelo aos 20 minutos. O Macaé encaixou um bom contragolpe dois minutos depois, mas Norton seguiu o exemplo do adversário e bateu por cima. As dificuldades de penetração na defesa macaense aumentaram e a solução foi arriscar de longe. Marcelo buscou da entrada da área e mandou à esquerda. O mesmo camisa sete sofreria falta perigosa próximo à meta de Luiz Henrique. A bola foi rolada na direção de Lucas, que espirrou o taco e chutou sem direção. O treinador do Frizão, enfim, mandou Lohan a campo, aos 27 minutos. O garoto de 17 anos entrou com muita disposição e passou a ser a referência no ataque tricolor. Numa bola lançada para o alto, Lohan atrapalhou o marcador, Lucas raspou de cabeça e Luiz Henrique defendeu. Aos 32 minutos, um lance confuso na área do Macaé gerou polêmica: Marcelo cobrou falta, Lohan subiu e foi puxado pelo marcador, mas o árbitro enxergou falta no lance anterior. O time visitante esperava uma brecha para tentar marcar o gol e Michel teve a oportunidade em contra ataque aos 35 minutos, mas desperdiçou. O Friburguense prosseguiu tentando e Marcelo buscou o ângulo em chute de longe para fora. Ainda deu tempo para o Macaé ameaçar com Michel, que não conseguiu concluir ao gol de Adilson. Nos instantes finais, outra polêmica: Victor Hugo dividiu com o marcador, caiu e o árbitro deixou seguir. O último suspiro foi um escanteio cobrado e afastado pela defesa do Macaé. Apesar das várias oportunidades, o Friburguense deixou dois pontos escaparem em casa.

Friburguense 1x1 Boavista 

Campeonato Carioca 2013

8ª rodada - Taça Guanabara, 1º turno

23/02/2013 - 16h

Estádio Eduardo Guinle, Nova Friburgo - RJ

Renda: R$ 6.480,00

Publico pagante: 675 presentes

Árbitro: Estevão Cunha da Trindade

Assistentes: Francisco Pereira de Sousa e Romario do Carmo Junior

Friburguense: Adilson, Sergio Gomes (Zé Victor), Cadão, Diego Guerra e Flavinho; Bidu, Lucas, Marcelo e Romulo (Victor Hugo); Ziquinha e Douglas Tardin (Lohan).

Técnico: Gerson Andreotti

Macaé: Luis Henrique; Daniel, Diego, Douglas Assis e Rodrigo Fernandes; Gedeil, Lenon, Norton e Michel; Ricardinho e Jones.

Técnico: Toninho Andrade