Creamor encerra as atividades e está em fase de desmontagem

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
por Jornal A Voz da Serra

Alvo de constantes reclamações dos moradores de Córrego Dantas, a empresa Creamor encerrou as atividades este mês e está com as instalações em fase de desmontagem. É o que informa a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que recentemente realizou uma vistoria técnica no local para verificar o cumprimento do prazo estipulado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para o fim dos trabalhos de incineração e cremação feitos pela empresa. Durante a inspeção ficou constatado que o Creamor paralisou as atividades e está se transferindo para a região metropolitana do estado.
A mudança é resultado das denúncias e queixas dos moradores do bairro sobre a fumaça tóxica liberada pela empresa, que incinerava ilegalmente resíduos provenientes de hospitais públicos do Grande Rio, Santa Maria Madalena, Duas Barras e da Fundação Oswaldo Cruz, entre outros. Por conta disso o Creamor perdeu a concessão e não teve a licença de funcionamento renovada pelo Inea. A Prefeitura também não concedeu o alvará, já que as atividades estavam totalmente irregulares. 
Segundo dados da Secretaria de Meio Ambiente, a empresa estava autorizada a funcionar apenas com a cremação de animais de pequeno porte, mas acabou estendendo as atividades clandestinamente com a incineração de lixo hospitalar. Materiais como algodão, seringas, luvas e agulhas usados, restos de remédios e curativos, sangue coagulado, órgãos e tecidos removidos, fetos, meios de cultura e animais utilizados em testes eram alguns dos resíduos incinerados com frequência, liberando uma fumaça tóxica e com mau cheiro que trazia vários transtornos a moradores e comerciantes da localidade. 
Vale destacar que a Secretaria de Meio Ambiente pretende levar os problemas decorrentes do Creamor ao Conselho Municipal de Meio Ambiente para que se estabeleçam normas reguladoras para as empresas desse segmento que queiram se instalar no município. A medida visa preservar a qualidade de vida dos moradores de Nova Friburgo e evitar futuros danos ambientais como os que vinham ocorrendo no Córrego Dantas. 

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