O estado do Rio gerou no ano passado 105.653 novos empregos formais, superando o desempenho nacional na geração de empregos. No Brasil, foram gerados 868.241 novos postos de trabalho, o que representa queda de 44,6% em relação a 2011 e o menor resultado desde 2003. Apesar do melhor desempenho na comparação com o índice nacional, o Rio de Janeiro acompanha o movimento de desaceleração da atividade econômica, com queda de 37,2% sobre 2011 e um resultado que, nos últimos dez anos, só supera as marcas de 2009 (+88.875) e de 2003 (+58.547). O resultado fluminense deve-se ao bom desempenho do segmento da construção civil, que gerou 25.303 postos de trabalho no ano passado. Ainda que represente um recuo de 15% frente a 2011 (+28.859), o índice de 2012 fez com que o estado gerasse 69% empregos a mais do que Minas Gerais (+14.938), o segundo colocado do país. O bom desempenho do emprego na construção civil fluminense foi motivado, principalmente, por obras de infraestrutura, reflexo dos investimentos em andamento no estado, como a construção da usina hidrelétrica de Paracambi, a implantação do Complexo do Açu, Comperj, Arco Metropolitano, e das obras para o Metrô e o BRT. Os dados são da nota técnica “Mercado Formal de Trabalho Fluminense – Resultados 2012”, divulgada nesta sexta-feira, dia 15, pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro).
A Capital foi a maior geradora de empregos em 2012 (+63.072), seguida da região Leste (+16.639). Na indústria geral fluminense, foram gerados 15.310 novos postos de trabalho em 2012. O número é inferior ao de 2011 (+19.866), mas manteve-se próximo da média dos últimos dez anos (+16 mil). Nos três subsetores da indústria também houve redução no ritmo das contratações. Na indústria extrativa, o saldo caiu pela metade, passando de +2.699 em 2011 para +1.367 em 2012, ao passo que na indústria de transformação a desaceleração foi proporcionalmente menos intensa, de +15.158 para +11.849. “Importante ressaltar que a desaceleração de 22% nas contratações da indústria de transformação fluminense foi muito menos intensa do que a registrada pela indústria nacional, onde houve redução de 81% no saldo de contratações na passagem anual”, ressalta o gerente de Estudos Econômicos do Sistema Firjan, Guilherme Mercês. Já os serviços industriais de utilidade pública (Siup) mantiveram em 2012 as contratações em patamar semelhante ao do ano anterior.
O setor de serviços manteve-se como principal contratante em 2012, com 51.523 novos postos de trabalho. Porém, o resultado representou um recuo de 40% frente a 2011, quando o saldo foi de +85.275. Os segmentos de transporte e de serviços às empresas explicam grande parte desse movimento, o que confirma a redução da atividade econômica no Brasil e no estado do Rio. No comércio, o saldo de +18.229 empregos não só foi inferior ao de 2011 (+31.576) como à média dos últimos dez anos (+29 mil empregos), refletindo a redução das contratações na grande maioria dos segmentos varejistas.
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