Vinicius Gastin
Por volta das 4h a coroa vermelha e dourada anunciou a entrada da Imperatriz de Olaria na Avenida Alberto Braune. A agremiação desfilou o enredo “A rainha do ventre do mundo” e abordou a história da Rainha de Sabá, que se passa entre a África e a Arábia Saudita, onde hoje é a Etiópia. O objetivo do carnavalesco Lamoniê Ornellas em continuar a história sobre as Minas do Rei Salomão, que rendeu o título em 2007, foi cumprido com competência e criatividade pela vermelho e branco.
Prova disso foi a comissão de frente, com a qual a escola reverenciou a personagem tema de seu enredo. A Rainha de Sabá subiu e desceu do seu trono cortejada e carregada pelos seus “súditos”, que a banhavam cada vez que pisava na passarela do samba. Após o luxuoso casal de mestre-sala e porta-bandeira, a coroa abriu alas para a passagem da agremiação de Olaria, colorida principalmente pelo vermelho e dourado. A partir do segundo carro a escola passeou pela África e levou enormes esculturas representando a natureza e o povo do continente, promovendo uma mistura de cores no segundo momento do desfile. As baianas, por exemplo, vestiram azul e branco. A bateria do mestre Fred, trajando roupas típicas do continente africano, deu um show à parte e recebeu os aplausos das arquibancadas.
A escola continuou a viagem pela África na parte final do desfile e o quarto carro alegórico mostrou um pouco mais sobre os mistérios que envolveram a história do enredo. Fechando o desfile, a escultura da Rainha de Sabá, cercada por anjos na última alegoria, anunciava: a Imperatriz de Olaria encerrava os desfiles das escolas de samba com chave de ouro.
Deixe o seu comentário