Em função do verão e da temporada de férias escolares, os bancos de sangue de todo o país estão registrando uma redução no número de doadores. Em Nova Friburgo não é diferente e o Hemocentro Região Serrana também está com os estoques em baixa devido à queda significativa das doações no mês de janeiro. O fato é preocupante, já que neste período costuma haver uma maior demanda de sangue por causa do aumento de acidentes nas estradas e outras ocorrências com vítimas.
A falta de doadores de sangue é um dos maiores problemas de saúde no Brasil. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, o número de doadores voluntários no país é de apenas 2%, enquanto em alguns países da Europa a média chega a 30%. O ideal seria que o número de doadores ficasse em torno de 5% da população brasileira. Isto significa que se cada pessoa saudável doasse sangue pelo menos três vezes ao ano, os hemocentros do país não passariam por dificuldades.
Para mudar este quadro é importante que a comunidade se conscientize sobre a importância da doação voluntária e habitual de sangue. Entre as condições básicas para ser doador é preciso ter entre 16 e 67 anos, pesar mais de 50 kg, não ter ingerido bebida alcoólica nas 24h anteriores à doação, não estar fazendo uso de medicamentos, ter dormido no mínimo seis horas e evitado alimentos gordurosos nas três horas que antecedem à doação. O Hemocentro Região Serrana funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30, na Rua General Osório, 324. É importante levar carteira de identidade ou algum outro documento com foto. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 2523-9000, ramal 263.
Doação é rápida e não traz riscos
Muitos mitos envolvem a doação de sangue no imaginário popular. “Se eu doar uma vez terei que doar pelo resto da vida”, “doar engrossa o sangue e pode entupir as veias”, “doar sangue causa anemia”, “doadores podem ser contaminados”... Tudo isso é mentira, mas contribui para que apenas 2% da população brasileira doe sangue, índice bem abaixo do estabelecido pela OMS.
A retirada de sangue dura de cinco a dez minutos e a única dor sentida é a da picada da agulha. O doador não corre risco de infecção, já que todo o material utilizado na coleta é descartável, e seu volume sanguíneo rapidamente é reconstituído. Em doze semanas, no máximo, o doador já está liberado para novas doações. A quantidade de sangue retirada não prejudica o doador e corresponde a menos de 10% do volume total de sangue bombeado por seu coração para as veias e artérias.
Depois da coleta de sangue, o doador faz uma refeição para repor rapidamente energia e pode, por lei, ser liberado do trabalho por 24 horas. Todo o processo não leva mais que 30 minutos.
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