*Carlos André Pedrazzi
Todos os natais foram e continuarão sendo muito significativos e especiais, afinal, se trata da principal festa do cristão e sempre um singular momento para meditação de valores e princípios de vida que almejamos trilhar; o nascimento do menino Jesus, que, por opção do Pai, nasceu no meio dos pobres, numa humilde manjedoura, junto com a família e seus amigos. Algumas lições relevantes já devemos extrair desse grande ato de amor de Deus para com seus filhos, que também externa a importância da humildade como valor humano. Mas dois natais me lembro com muito carinho: um deles, com familiares de minha mãe e seus onze irmãos, em Juiz de Fora, onde celebramos, na essência, o nascimento de Jesus, partilhando unidade e a família, célula principal da sociedade. O outro, experiência singular e riquíssima, ocorreu na minha juventude, quando ainda cursava a faculdade de direito. Tínhamos um grupo de friburguenses, muitos ex-alunos do Colégio Anchieta, que atuava ativamente nas comunidades eclesiais de base, as saudosas Cebs, movimento da Igreja Católica, nas comunidades carentes do Tingly e Granja Spinelli. No Natal daquelas comunidades muito carentes, pudemos experimentar a partilha do pouco que se tinha na mesa, mas celebrando, com muito alegria e esperança, o verdadeiro sentido do espírito natalino: todos realizaram a partilha da ceia, em comunidade, junto conosco, após frutífera novena de Natal. Fomos recebidos por aquela gente humilde como membros da família, numa celebração de luz, amor e esperança na construção de uma sociedade mais equânime e fraterna.
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