A realização do oximetria de pulso (“teste do coraçãozinho”)—exame que detecta doenças cardíacas congênitas em bebês recém-nascidos—passou a ser obrigatória no estado do Rio de Janeiro. A oferta é garantida pela lei 6.350/12, aprovada pela Assembleia Legislativa esta semana. Sabendo da importância do exame, a Secretaria de Estado de Saúde já havia se antecipado à lei implantando o serviço em agosto de 2012, tornando o Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, o primeiro da rede pública brasileira a fazer o exame em todos os bebês nascidos na unidade.
Indolor e prático, o exame leva menos de 5 minutos para ser realizado e detecta problemas no coração do bebê antes de aparecerem os sintomas. Cerca de 30% de crianças que nascem com cardiopatia complexa não desenvolvem sintomas e ganham alta. As cardiopatias são diagnosticadas tardiamente e o bebê acaba correndo risco de morrer se não for operado logo. O teste do coraçãozinho consegue diminuir em 10% a mortalidade infantil porque aumenta as chances de sobrevida do bebê cardiopata.
Inaugurado no segundo semestre de 2012, o Hospital Estadual da Mãe, em Mesquista, também está realizando o teste do coraçãozinho em todos os bebês que precisam ficar internados na unidade intensiva neonatal.
Como é feito o teste?
Duas pulseiras são colocadas na mão direita e em um dos pés do bebê. Elas servem para medir a quantidade de oxigênio no sangue, através de um monitor ligado às pulseiras. Se a taxa de oxigênio estiver abaixo de 95%, será necessário repetir o exame e caso o resultado permaneça, o bebê deve ser encaminhado para realizar o exame de ecocardiograma e, então, detectar a cardiopatia. A oximetria de pulso tem especificidade de 99%, ou seja, significa que aqueles exames que obtiveram resultado negativo têm grande porcentagem de não ter a doença.
Para todos os bebês
Além do Hospital da Mulher, a realização do exame se estenderá a todas as maternidades da rede estadual. A ideia é que isso ocorra já no início de 2013.
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