Ordilei Alves da Costa é o novo imortal friburguense

segunda-feira, 03 de dezembro de 2012
por Jornal A Voz da Serra
Ordilei Alves da Costa é o  novo imortal friburguense
Ordilei Alves da Costa é o novo imortal friburguense

Juliana Scarini

Na noite da última sexta, 30, a Academia Friburguense de Letras (AFL) deu posse a seu novo acadêmico, o escritor Ordilei Alves da Costa. Ocupante da cadeira número 9, patronímica de Casimiro de Abreu, o novo imortal friburguense é autor dos livros “Dez contos com descontos” e o “O Apito do Trem”, além de contos publicados em “Trilhos e Letras – Uma antologia do Trem” e “Prêmio UFF de Literatura”.
Durante a cerimônia de posse, Aécio Alves da Costa, presidente da AFL, falou sobre os 65 anos da Academia, uma das poucas que ainda estão em atividade no país. Também foram lembrados os fundadores da instituição, entre eles, Oscar Goulart Monteiro, Messias de Moraes Teixeira, Rudá Brandão Azambuja, Jaime Siqueira Bittencourt, José Cortês Coutinho, João Batista de Moraes, Afonso Freire e Luiz Gonzaga Malheiros, este último, único fundador vivo.
“Ele relata com muito lirismo o cenário da estação de trem”, destacou Aécio sobre o livro “Apito do Trem”, muito elogiado por quem já leu a obra. “Nota-se, em seu texto, a preocupação com o ser humano, nos remetendo aos tempos memoráveis de nossa gente”, frisou.
Muito emocionado, em seu discurso de posse Ordilei agradeceu a todos que contribuíram com sua trajetória profissional e o incentivaram a escrever. A vida de Casimiro de Abreu também foi destacada em seu discurso de posse, lembrando sua passagem por Nova Friburgo para se tratar da tuberculose.
“Finalizando, senhor presidente, reafirmo que, não obstante a minha pequenez, de uma coisa tenha a certeza: tudo ao meu alcance será feito para honrar os ilustres nomes Dom Clemente Isnard e Casimiro de Abreu; e os não menos ilustres nomes dos imortais da Casa de Salusse que eu, com muita honra, a partir de hoje dela farei parte. Obrigado!”, encerrou Ordilei.

“O Apito do Trem”, uma obra que mexe com as lembranças dos friburguenses
Misturando realidade e ficção, a história se passa entre meados das décadas de 1950 e 60. Um operário aposentado apaixonado pelo trem que vai todos os dias à estação para vê-lo chegar e partir, acompanha o fim de uma era em Nova Friburgo. 
Ao todo, foram seis anos de pesquisa para finalizar a obra. Ordilei  já contou que a estação fez parte de sua vida, assim como a de seu personagem. Sua paixão pelo trem fez o autor retratar a história do município entre 1955 a 1964, exatamente quando o trem deixa de existir na cidade.
“O Apito do Trem” contém diversos elementos da história friburguense, como o Cine Leal, a Fábrica de Rendas, a Igreja Matriz, o Clube Olifas, o Cine Eldorado, o colégio da Fundação Getúlio Vargas, entre outros. 

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