Numa tarde tipicamente europeia—de baixa temperatura e com o tradicional nevoeiro comum à paisagem do distrito de Mury—na última sexta-feira, 16, de um fim de semana prolongado entre dois feriados, Nova Friburgo registrou um acontecimento especial. Integrantes da Missão Húngara que veio ao Brasil na semana passada para compromissos em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, também estiveram em Nova Friburgo, onde desde a década de 1940 existem famílias de descendentes húngaros e que de destacaram na hotelaria, gastronomia e indústria têxtil.
Recepcionados pela senhora Eva Bitó Jordão (que nasceu na Hungria e veio para o Brasil ainda adolescente) e é uma das lideranças locais da comunidade húngara, os representantes oficiais do governo daquele país visitaram, inicialmente, no Suspiro, o local onde funcionava a Casa da Hungria, na Praça das Colônias, duramente atingida pela catástrofe de 2011—desde então, as sedes das representações dos dez países colonizadores não puderam mais funcionar no local.
Na comitiva, Vice- -Ministro da Economia e homem forte do Governo húngaro
Entre os integrantes da missão, conduzida pelo embaixador da Hungria no Brasil, o PhD Csaba Szíjjártó, estava o vice-ministro da Economia húngara. Kristóf Szatmáry é considerado homem forte do governo húngaro e ainda acumula o cargo de secretário nacional de Regulação Econômica, além de presidir a Comissão Mista Econômica Brasil-Hungria. Ele falou do grande interesse de seu país em fortalecer o intercâmbio com Nova Friburgo.
Além de Kristóf, a delegação era composta ainda pelo Cônsul da Hungria no Rio de Janeiro; a adida comercial da Embaixada, Zsuzsanna Lászlo e ainda o vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Budapeste, PhD Kiss Zoltán.
Este falou do interesse e das diversas possibilidades de parcerias comerciais com empresas friburguenses, sobretudo nas áreas têxtil, metal- mecânica e na gastronomia. Zoltán destacou, por exemplo, a grande possibilidade para restaurantes de comida brasileira em Budapeste. Já a adida comercial Zsuznna Lászlo mencionou uma conferência empresarial anual que se realiza na Húngria, em março, e para a qual disse que o Escritório Consular de São Paulo pode ajudar empresários brasileiros que queiram participar. Zsuznna destacou, por exemplo, o potencial de negócios para as empresas de confecções friburguenses.
A missão húngara veio ao Brasil participar na terça-feira, 13, do Encontro Empresarial Brasil-Hungria, na sede da Fiesp, em São Paulo—entidade com a qual foi assinado um termo de cooperação bilateral e no Rio de Janeiro, na quarta-feira, 14, de uma rodada de negócios na Associação Comercial carioca.
Representantes friburguenses
Os vereadores Cláudio Damião e Pierre Moraes, o secretário municipal de Planejamento e Desenvolvimento, Carlos Boueke, e a vice-prefeita eleita Grace Arruda foram as autoridades friburguenses presentes ao encontro, realizado no hotel Bucsky.
O jornalista Girlan Guilland, coordenador do projeto “Rumo aos 150 anos”, representou a Sociedade Musical Beneficente Euterpe Friburguense, a convite da representante húngara local, e entregou ao Embaixador uma correspondência assinada pelo presidente da agremiação Francisco de Assis da Silva e ainda dois DVDs recentes: um com o Concerto do 194º aniversário da Cidade, em maio último e outro, uma audição recente dos jovens músicos da Escola de Música Maestro Samuel Antonio dos Santos, daquela agremiação musical que completará seu sesquicentenário em fevereiro próximo.
Na correspondência ao Embaixador Csaba, a diretoria da Euterpe inicia conversações para um programa de intercâmbio cultural. Músico (violinista) e confesso apreciador de música, o embaixador se mostrou bastante entusiasmado ao saber que a Euterpe vai completar 150 anos em fevereiro.
— Me convidem que certamente virei — disse o embaixador ao representante da Euterpe, quando este falava da programação prevista para o próximo ano.
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