Creche pública no Centro poderá ser ampliada após paralisação por ordem judicial

segunda-feira, 20 de agosto de 2012
por Jornal A Voz da Serra
Creche pública no Centro poderá ser ampliada após paralisação por ordem judicial
Creche pública no Centro poderá ser ampliada após paralisação por ordem judicial

Henrique Amorim

A Secretaria Municipal de Educação solicitará ao Ministério Público (MP) a prorrogação do prazo de 120 dias para concluir as obras de reforma e ampliação do Centro Municipal de Educação Infantil Girassol, na Avenida Rui Barbosa, no Centro. O prazo foi acordado a partir de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a Prefeitura e o MP.

A creche teve as atividades paralisadas desde o último dia 13 de julho, quando se encerrou o primeiro semestre letivo, após o MP constatar as más condições estruturais do imóvel, construído para fins residenciais e adquirido pelo município para abrigar a creche, que possui 120 alunos matriculados. Todos foram remanejados para outras creches da rede pública municipal com preferência para as unidades mais próximas de suas residências. O mesmo ocorreu com os cerca de 30 funcionários da Creche Girassol.

O MP inicialmente determinou que a Prefeitura de Nova Friburgo providenciasse as obras de reforma e adaptação do imóvel até o próximo dia 16 de novembro, mas a Secretaria Municipal de Educação pretende, além da reforma, ampliar a unidade, o que demandaria maior investimento e tempo para cumprimento de trâmites burocráticos, como a licitação para escolha de uma construtora que realize o serviço.

A ampliação da Creche Girassol, inclusive, permitiria a abertura de mais vagas, uma antiga reivindicação de pais de alunos, já que unidades escolares localizadas no Centro têm grande procura de novos alunos moradores em diversos bairros e distritos.

Pais de alunos denunciam que alunos corriam riscos na creche, inclusive com invasões de ratos

De acordo com pais de alunos que não quiseram ser identificados, a creche teve as atividades suspensas após o MP ter sido alertado dos riscos que os alunos corriam no imóvel atingido pela enchente do Rio Bengalas em janeiro de 2011. “Os rebocos estão caindo e muitas crianças sofriam com alergias. Além do mais a casa onde a creche funcionava não é adaptada para uma escola com alunos pequenos. O pátio tem grades de ferro, fica à beira da calçada deixando as crianças muito vulneráveis, sem contar a poeira e o barulho da avenida”, disse uma mãe de aluno.

Outra mãe de aluno denunciou que por causa das obras de escavação do Bengalas para instalação dos coletores de esgoto, a creche teria sido infestada por roedores. “Já vi fezes de ratos no pátio da creche onde as crianças brincam. Por sorte a merenda dos alunos não foi atingida. As salas de aula tinham que ser varridas duas ou mais vezes a cada turno. A casa foi atingida pela enchente e as paredes ficaram mofadas. Não foi feita uma reforma pra valer depois da tragédia. Só lavaram e pintaram”, sustentou a mãe de dois alunos na creche.

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