Santa Maria Madalena e Trajano de Moraes serão contemplados, ainda em 2012, com projetos de saneamento básico na zona rural. No início do ano, o Rio Rural anunciou a instalação de 5.300 fossas sépticas em propriedades rurais do interior fluminense, orçadas em quase R$ 7 milhões, com recursos do Banco Mundial e que já começaram a ser construídas.
Nas regiões Norte, Noroeste e Serrana, o projeto será executado através de parceria entre as prefeituras e a Secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária (através do Rio Rural e da Emater-Rio). Com as fossas, os dejetos não serão lançados diretamente no ambiente evitando, assim, a contaminação dos recursos hídricos e do solo e, consequentemente, prevenindo doenças.
O sistema de tanque séptico funciona com digestão anaeróbica—em um filtro bactérias digerem matéria orgânica, restando apenas água.
Em Santa Maria Madalena, nesta primeira fase serão contempladas 20 residências da localidade Agulha do Imbé, na microbacia Médio Imbé, onde a falta de tratamento do esgoto foi um dos problemas apontados pela comunidade no diagnóstico rural participativo (DRP) da microbacia.
De acordo com o técnico executor do Rio Rural e extensionista da Emater-Rio, Rafael de Souza Pereira, o projeto será estendido a outras localidades do município assim que a instalação deste primeiro lote estiver concluída. “Será uma ação maciça de preservação do meio ambiente nesta região, que possui um forte apelo turístico”, explicou.
Um dos beneficiários será o casal de apicultores Marco Antônio da Fonseca Abreu e Rose Mary Lopes Abreu, que vive há seis anos no lugar. Eles foram um dos 50 produtores beneficiados pelo Rio Rural GEF, concluído no ano passado após investimento total de R$ 150 mil no município. Na época, a família foi contemplada com kit apicultura e participou de cursos de capacitação.
Atualmente, o casal possui 12 caixas de abelhas (60 litros de mel mensais). Eles estão confiantes em melhores condições de vida com a instalação da fossa séptica em sua propriedade. “Queremos que o Ribeirão Santa Clara continue sempre limpo. Vamos devolver a água que utilizarmos da mesma maneira que recebemos”, afirmou Marco Antônio.
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