Greve dos rodoviários é parcial

quarta-feira, 09 de maio de 2012
por Jornal A Voz da Serra
Greve dos rodoviários é parcial
Greve dos rodoviários é parcial

A greve dos rodoviários em Nova Friburgo foi apenas parcial no primeiro dia, mas, ainda assim, causou inúmeros transtornos na cidade. Muitos usuários do transporte público tiveram dificuldades de locomoção devido à drástica diminuição dos horários e a menor quantidade de ônibus em circulação. A situação só não foi pior por causa de duas decisões judiciais obrigando que parte dos serviços à população se mantivesse. Dos 165 ônibus urbanos, apenas 60 circularam durante o dia. Como não houve acordo entre o Sindicato dos Rodoviários e a Faol, a situação não deve melhorar nesta quarta-feira, 9. O Tribunal Regional do Trabalho, no Rio, que determinou que 40% dos horários de todas as linhas de ônibus permaneçam em operação durante a greve, marcou para a tarde de hoje, às 14h, uma audiência de conciliação entre as partes.

Apenas pequenos incidentes marcaram o primeiro dia da greve dos rodoviários: um ônibus foi apedrejado nos fundos da Faol, dois tiveram os pneus esvaziados em ruas centrais; e houve início de tumulto durante o fim da madrugada de ontem na porta da empresa. A PM atuou com firmeza, acalmando os ânimos. Os rodoviários em greve fizeram uma caminhada entre Conselheiro Paulino e a Rodoviária de Integração e, depois, foram recebidos pelo prefeito Sérgio Xavier. Os manifestantes tiveram o reforço de entidades sindicais de outros municípios e fizeram questão, a todo momento, de esclarecer à população que a paralisação visa pressionar a concessionária a conceder o reajuste salarial de 10% sem que haja revisão tarifária. O governo municipal voltou a enfatizar que não concederá aumento na tarifa. Já a Faol continua sustentando que qualquer reajuste salarial está vinculado ao equilíbrio econômico dos serviços, ou seja, só será possível com o aumento da tarifa.

No encontro com os líderes dos rodoviários na Prefeitura, Sérgio Xavier disse que vai esperar o resultado da audiência de conciliação no Rio. Caso não haja acordo, o que é muito possível, o prefeito anunciou que publicará um decreto emergencial liberando as lotadas em táxis, vans, micro-ônibus etc, a partir de amanhã, 10. Ele também acrescentou que remeterá à Câmara um projeto cobrando da concessionária a taxa de gerenciamento de 2% prevista no contrato de concessão desde 2008. Também pretende fazer uma revisão tarifária para baixo e licitar o terceiro lote de linhas de ônibus explorado precariamente pela Faol.

A decisão da desembargadora do TRT-Rio, Maria de Lourdes Sallaberry—que se sobrepõe a uma decisão da 2ª Vara do Trabalho de Nova Friburgo que havia determinado o funcionamento de 50% dos horários dos ônibus—além de obrigar o Sindicato dos Rodoviários a garantir um número suficiente de trabalhadores para operar 40% das linhas, ainda impõe que a convocação da categoria seja feita por lista nominal, fixando multa de R$ 10 mil por dia, em caso de qualquer descumprimento.

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