Flávia Namen
Um presente para os friburguenses no mês de aniversário da cidade. É como o diretor do Centro de Arte, Chico Figueiredo, define as três novas exposições em cartaz no espaço. Inauguradas na última sexta-feira, 4, com a presença de convidados e representantes do setor cultural do município, as mostras do acervo do Pró-Memória, de Dirce Montechiari e JB Xavier, ocupam as três salas do espaço até o fim do mês. A visitação está aberta de terça a sexta-feira, das 13h às 21 horas; sábado, de 14h às 21 horas; domingo de 14h às 20 horas. O Centro fica na Praça Getúlio Vargas, 71.
Na sala Guignard, o destaque é a “Exposição de Desenhos e Pinturas”, que reúne trabalhos do pintor e desenhista catarinense JB Xavier. São quadros em acrílica sobre madeira com belas paisagens como montanhas, rios e lagos e desenhos em lápis e carvão que reproduzem com perfeição animais e figuras humanas. “Esta é a primeira vez que estou expondo em Friburgo, a convite do diretor do Centro de Arte. Nada melhor do que divulgar minha arte para os friburguenses no mês de aniversário da cidade”, afirma o artista, que já expôs em várias capitais como São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e Florianópolis.
Outra mostra especial em cartaz é a da artista friburguense Dirce Montechiari, que está colorindo a sala Nêgo com obras de sua reconhecida trajetória. “A exposição ‘Fases’ é um garimpo do que foi realizado durante longa caminhada. Estudei, pesquisei, sonhei e realizei. Trabalhei com a mente e as mãos. Sempre encontrei propostas de trabalho, mudei e renovei por puro gosto e, muitas vezes, na tentativa de melhorar, voltei ao princípio do que já estava no fim”, explica a artista. Entre as obras que integram a mostra, destaque para “A Passarela”, feita em parceria com o Grupo Damalis, e “Neblina Encantada”, produzida com membrana de casca de ovos, num trabalho que prima pela delicadeza e criatividade.
Acervo do Pró-Memória é destaque na Sala Villa-Lobos
Celebrar com a sociedade os 194 anos de fundação de Nova Friburgo mostrando um pouco de sua história. Essa foi a primeira motivação para a exposição “O Arquivo e a Cidade”, que reúne parte do acervo do Pró-Memória, na Sala Villa-Lobos. “Queremos mostrar à comunidade um pouco desse trabalho de digitalização de documentos que estamos fazendo. Já temos 80 mil manuscritos digitalizados e esperamos concluir todo o processo até 2018 quando comemoraremos o bicentenário da cidade”, afirma o diretor do Pró-Memória, Nelson Bohrer.
Criado em 1976, o Pró-Memória se tornou uma referência sobre a história de Nova Friburgo e reúne fotos, documentos e jornais doados por famílias e empresários locais, como é o caso dos exemplares de A VOZ DA SERRA. “Laercio Ventura doou a coleção completa do mais tradicional jornal da região. A Carmem, filha do jornalista Ângelo Ruiz, também nos doou os exemplares de ‘A Paz’. São contribuições muito importantes para o Pró-Memória, que já é um arquivo de quase 40 anos. É um privilégio para os friburguenses ter um acervo desses que está sendo exposto pela primeira vez”, destaca Nelson, que também preside a Fundação Dom João VI.
Satisfeito com a receptividade da primeira mostra da instituição, Nelson ressalta que o trabalho de digitalização do acervo tem sido cada vez mais valorizado, por conservar a história do município não só para as atuais, como para as futuras gerações. “Existe um reconhecimento desse trabalho que será entregue à sociedade e a entidades que colaboram conosco, como a Firjan. É importante que a comunidade veja o Pró-Memória como um centro de preservação do nosso passado”, finalizou o diretor.
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