Dalva Ventura
Foi mais uma vez uma noite de festa e de reencontros de amigos. O quê? Um evento do Gama, promovido, é claro, pelo Jaburu. Ou, como está escrito em seus documentos, Julio Cezar Seabra Cavalcanti. Aconteceu na noite de sexta-feira, 27, na loja 1 do simpático complexo Bräun & Bräun, em Mury.
O chamariz, digamos assim, foi a oportunidade de ver ou rever a mostra “Encontro Maior entre a Arte de Guignard e do Zeppe”, mas teve mais. Os artistas Antônio Silvério, chargista de A VOZ DA SERRA, e o pintor e cartunista Ricardo Peixoto receberam o Troféu Guignard, uma condecoração que o Gama oferece anualmente a personalidades artísticas da cidade. Não satisfeito, Jaburu inventou mais uma. O diploma “Pleno Cidadão destas Terras de Dom João VI”. Antônio Silvério e Ricardo Peixoto foram mais uma vez condecorados, assim como o secretário-geral de Governo, André Guedes, e a secretária de Turismo, Bianca Tempone. Os dois últimos não puderam comparecer e foram representados, respectivamente, pela subsecretária da pasta, Mabel Póvoa, e pelo artista plástico Felga de Moraes.
Sem muitos discursos e formalismos, o evento reuniu quase cem pessoas e o papo rolou noite adentro. No entanto, Jaburu fez questão de destacar a importância deste novo espaço para a arte local que, espera, se consolide cada vez mais.
“A abertura deste novo espaço representa um momento especial para Nova Friburgo. Nesta exposição, os friburguenses e turistas terão a oportunidade de reverenciar um nome reconhecido internacionalmente, como Guignard, através do olhar de um dos mais conceituados e respeitados artistas plásticos do país, que é o Zeppe.”
As esculturas em papier mâché de Zeppe—13 ao todo—já foram expostas ano passado no Centro de Artes, o que não tira nem um pouco o prazer de admirá-las. Nelas, Zeppe faz uma leitura muito própria de Guignard, a partir de quadros consagrados do artista, como as obras Vaso de Flores, As Gêmeas, a Família dos Fuzileiros Navais, o retrato de Maria Clara Machado e tantas outras.
A expressividade estampada em cada peça é impactante, mas que ninguém se engane. Zeppe faz uma leitura muito própria de cada uma delas, misturando os quadros de Guignard com detalhes criados por sua imaginação. Numa das esculturas, por exemplo, ele retrata o presidente Juscelino Kubitscheck sentado, com o quadro pintado por Guignard nas mãos. Em outra, Guignard em seu cavalete, pintando um quadro da vista parcial de Nova Friburgo, apesar do artista jamais ter produzido nenhuma obra retratando a cidade em que nasceu e passou boa parte de sua infância.
Deixe o seu comentário