ESPORTES - Uma paixão chamada Ayrton Senna

terça-feira, 01 de maio de 2012
por Jornal A Voz da Serra
ESPORTES - Uma paixão chamada Ayrton Senna
ESPORTES - Uma paixão chamada Ayrton Senna

Após 18 anos da morte de um dos maiores pilotos de todos os tempos, colecionador friburguense mostra seu acervo de objetos alusivos ao ídolo brasileiro

Leonardo Lima

Há exatos 18 anos os brasileiros perdiam um de seus maiores ídolos. Além de exímio esportista, Ayrton Senna da Silva possuía garra e dedicação capazes de contagiar uma nação inteira. Após sua morte, a maior categoria do automobilismo mundial nunca mais foi a mesma, assim como o Brasil também nunca mais teve uma referência tão marcante no esporte.

Mesmo após quase duas décadas do acidente, ocorrido na curva Tamburello, no GP de Ímola, na Itália, o legado de Senna deixa saudosos fãs até hoje. Um deles é o colecionador Rogério Albertini. Figura conhecida em Nova Friburgo pelas exposições que realiza, ele não esconde sua admiração pelo piloto tricampeão mundial de Fórmula 1. “Acompanhei o Senna desde o primeiro treino que ele fez na Wiliams, em 1982. Ele tinha uma determinação e uma vontade de vencer impressionantes. Quem não acordava no domingo de manhã para ver suas corridas?”, indaga Rogério.

Depois da “paixão à primeira vista”, consequentemente tudo quanto é objeto alusivo a Ayrton Senna passou a integrar a vasta coleção do friburguense. Em seu acervo, Rogério possui tantos itens sobre o piloto que não sabe nem ao certo quantos são. Vídeos, livros, selos, cartões telefônicos, cards, autorama, jogos de videogame, camisas, bonés, miniaturas, disco com o famoso “Tema da Vitória” e até mesmo uma cópia do atestado de óbito do piloto são algumas das peças que compõem a coleção. “Esse atestado eu consegui com um rapaz que visitou uma exposição que fiz em 2004, dez anos após a morte do Senna”, recorda.

Entre as lembranças mais marcantes de Rogério estão a vitória do brasileiro no GP de Detroit, nos Estados Unidos, e no de Interlagos, em São Paulo, em 1991. “Nessa corrida de Detroit, o Brasil havia acabado de ser eliminado pela França na Copa do Mundo. O país estava muito triste e o Senna, além de vencer, foi ao pódio enrolado na bandeira brasileira. Aquilo foi muito marcante, assim como essa vitória de Interlagos. Ele nunca havia vencido no Brasil, era o seu sonho. Nessa corrida ele ficou apenas com a sexta marcha nas últimas dez voltas e mesmo assim conseguiu chegar em primeiro”, recorda Rogério, que possui todos esses momentos eternizados em fitas VHS.

Mesmo com um acervo tão vasto, o colecionador sente que ainda falta um item indispensável à sua coleção: uma cópia do capacete utilizado por Senna. “O Instituto Ayrton Senna vende esse capacete. Ele é licenciado e possui certificado de autenticidade”, diz, reconhecendo que o valor de cerca de R$ 5 mil ainda impede que esse sonho se realize. “Meu principal objetivo com essa coleção é preservar a imagem do Ayrton Senna. Agora vemos o sobrinho dele na Fórmula 1. O Bruno já mostrou que tem talento, mas não pode ser comparado ao Ayrton. Assim como nunca mais existirá outro Pelé, nunca mais veremos outro piloto igual ao Senna”, completa o colecionador.

Quem quiser conhecer um pouco mais sobre as coleções de Rogério Albertini pode acompanhar o programa “Direto do Túnel do Tempo”, que ele apresenta na Rádio Nova Friburgo AM (660 Khz), todo sábado, a partir das 16h.

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