26 de abril, Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão
A hipertensão é um mal silencioso. A ausência de sintomas bem-definidos retarda o diagnóstico da doença que, muitas vezes, é feito somente quando problemas mais sérios aparecem. E quando falamos em problemas sérios, estamos falando de comprometimentos vasculares, tanto cerebrais, quanto cardíacos. Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, dentre os fatores de risco para mortalidade, a hipertensão explica 40% das mortes por AVC (Acidente Vascular Cerebral) e 25% daquelas por doença coronariana.
O fato é que todos os anos, mais de 150 mil brasileiros morrem por doenças provocadas pela pressão alta, como acidente vascular cerebral, infarto e outros problemas cardíacos. O dado, alarmante, é da Sociedade Brasileira de Hipertensão, que alerta: no país, a hipertensão mata mais que o câncer. E a preocupação não para aí. Mais da metade da população brasileira acima de 55 anos é hipertensa. Atualmente, a doença não vem poupando nem as crianças e jovens, marcando presença em 5% de nossa população infantil e adolescente.
Segundo pesquisas do Ministério da Saúde, a hipertensão arterial atinge 23,3% da população adulta, podendo chegar a mais de 50% na população mais idosa. E o pior é que a proporção vem aumentando nos últimos anos. Em 2002, as autoridades de saúde se mobilizaram para criar o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, no dia 26 de abril. No entanto, até o início da semana, não tomamos conhecimento de ter sido programada qualquer atividade para marcar a data em Nova Friburgo.
Geralmente, a pressão alta está associada a outras patologias, como diabetes e obesidade. A doença também pode estar ligada a fatores genéticos, assim como ao estresse, tabagismo ou alcoolismo. Por ser assintomática, muitas vezes só é descoberta quando já está num estágio mais avançado. Nesse caso, a pessoa pode sentir dor de cabeça aguda, sangramentos no nariz, tonturas, entre outros sintomas.
A única forma de saber se a pessoa é hipertensa é aferindo sua pressão arterial. O Ministério da Saúde estima que cerca de 15 milhões de hipertensos desconhecem sua condição. Daí o valor de uma data especial para lembrar a importância de a população verificar com frequência a quantas anda sua pressão.
Nos jovens, doença é ainda mais grave
A predisposição genética associada a uma alimentação incorreta e ainda ao sedentarismo tem levado a hipertensão a se manifestar cada vez mais precocemente e com características de maior resistência ao tratamento. Jovens que consomem muitos produtos industrializados (com alto teor de sal) e alguns tipos de fast food, apresentam maior risco de desenvolver hipertensão arterial, pois trocam os alimentos naturais por outros ricos em sal e gorduras.
Vale destacar que atualmente, consumimos uma quantidade de sal muito acima daquela recomendada pelos médicos (4 a 6 g por dia, distribuída por todas as refeições). Comumente, consome-se, em média, cerca de 12 a 15 gramas por dia.
Nunca é demais lembrar que além do sal, é importante evitar alimentos enlatados (ervilhas, milho, atum, sardinha, massa de tomate etc), embutidos (salame, salsicha, presunto, entre outros), queijos e pães. Todos estes alimentos contêm sódio (composição do sal de cozinha) e a elevada ingestão desta substância faz o organismo reter mais líquidos, podendo levar ao aumento da pressão sanguínea e causar a hipertensão.
Recomenda-se a utilização do sal somente no preparo dos alimentos, e com moderação. A medida diária de sal fica em torno de 4 a 6 gramas por dia. No controle da hipertensão, também é fundamental perder peso, praticar atividade física, não consumir bebidas alcoólicas, não fumar.
Deixe o seu comentário