AS FREQUENTES pesquisas promovidas pelo IBGE, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, além de outras realizadas por muitas instituições nacionais, revelam um país que cresce o seu consumo interno, ganhando qualidade de vida e robustez econômica. Mais brasileiros tem hoje acesso ao emprego e ao consumo de bens duráveis, além da posse de carros e motocicletas.
NA MIRA dos consumidores, as compras de computadores devem continuar crescendo bastante. E o acesso à internet explodiu, chegando a 30% dos lares, cerca de 70 milhões de pessoas, quando há cinco anos atrás eram de apenas 32 milhões. O fenômeno que impressiona ainda é o crescimento da telefonia celular.
PORÉM, nem todo o consumo e evolução tecnológica chegam a muitos municípios do interior, mais notadamente na área rural das cidades interioranas, deixando um grande contingente na contramão da chamada inclusão digital. Embora possuam milhões de aparelhos celulares e computadores, parcela expressiva da população não recebe os benefícios da era eletrônica.
O TELEFONE, instrumento indispensável, não presta qualquer serviço de utilidade pública em muitas localidades. Sem um eficiente sistema de telefonia torna-se difícil manter contatos pessoais e comerciais, deixando comunidades sem comunicação com os núcleos urbanos e com o resto do mundo, com perdas evidentes, inclusive financeiras.
ASSIM COMO o telefone, a internet segue no mesmo descompasso. Desconectados da rede mundial de computadores, crianças, jovens e adultos são privados de informação e conhecimento, no trabalho, nos lares e nas escolas, transformando-se em “excluídos digitais”. Uma ferida aberta na democratização das telecomunicações.
NOVA FRIBURGO também sente os efeitos dessa exclusão. A área rural do município não se beneficia das vantagens da era tecnológica e há anos tais providências vêm sendo solicitadas, com poucos efeitos práticos. A reconstrução da área rural deixou este assunto fora das prioridades, reduzindo as chances de se estabelecer a inclusão de tantos moradores.
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