Editorial - Lixo preocupante

quinta-feira, 29 de março de 2012
por Jornal A Voz da Serra

A COMISSÃO de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados discutiu em audiência pública, ontem, o polêmico assunto da distribuição de sacolas plásticas em supermercados e lojas do gênero. A justificativa para a proposição do debate, de autoria do deputado Adrian (PMDB-RJ), é tentar disciplinar o uso das sacolas tendo em vista decisões legislativas nos estados que chegam até proibir o uso das “indesejáveis”.

AO MESMO tempo o Ministério do Meio Ambiente alerta os municípios sobre o cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos, pois estes deverão se adequar à lei até 2014, com a eliminação dos lixões e a instalação de aterros sanitários nas cidades, além da implantação da coleta seletiva de lixo e a chamada logística reversa, que são os processos de recolhimento de lixo pelos próprios fabricantes e por empresas de reciclagem.

OS AVANÇOS da política ambiental brasileira beneficiam de fato Nova Friburgo, incentivando um maior cuidado com o rico patrimônio natural que o município possui. O cuidado com o lixo é uma extensão da preocupação da sociedade com a melhoria da qualidade de vida, com a alarmante situação ambiental em todo o planeta e com a preocupação de deixar um mundo melhor para as próximas gerações.

O LIXO produzido em Nova Friburgo ainda está distante das atitudes ecologicamente corretas sonhadas por todos. Por questões diversas, da falta de interesse individual da população à inexistente coleta seletiva por todos os bairros, o município ainda não se adequou à nova prática. Para uma cidade com fortes vocações turísticas e ecológicas, tal atitude ampliaria ainda mais a imagem de Nova Friburgo por sua qualidade de vida e recursos naturais.

ANUALMENTE, cada cidadão do planeta libera, em média, 7 toneladas de gás carbônico, de acordo com as estatísticas da ONU. Para compensar a emissão deveriam ser plantadas, por cada um, 38 árvores. Por tudo isso, e muito mais, somos responsáveis pelas alterações climáticas do planeta. Buscar uma saída envolve, portanto, toda a comunidade. E, mais ainda, os políticos.

A PARTIR da educação ambiental, pode-se colaborar bastante para esta tomada de consciência. Porém, cabe aos governantes, doravante, liderar esta mudança, oferecendo alternativas que beneficiem a população, ao tempo em que cria mecanismos mais eficientes de proteção ambiental com vistas ao cumprimento da nova lei.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS:
Publicidade