Fundação Municipal de Saúde faz campanha e pede à população para não alimentar pombos

terça-feira, 20 de março de 2012
por Jornal A Voz da Serra

O secretário municipal de Saúde, médico pneumologista Renato Abi-Ramia, está conclamando toda a população friburguense a não alimentar os pombos. A medida é parte de uma campanha para atender a Lei Municipal número 3.930, que o vereador Marcos Medeiros, seu autor, declarou, na edição de sexta-feira, 16, não estar sendo cumprida pelo Poder Executivo. De acordo com o secretário, todas as oportunidades estão sendo aproveitadas para que os friburguenses colaborem com a campanha.

Abi-Ramia enfatiza que a população de pombos aumentou muito em função da alimentação. Como os órgãos ambientais não autorizam a eliminação dessas aves, não alimentá-las é a saída. Esta, segundo o secretário de Saúde, é a única forma de impedir a reprodução desenfreada dos pombos, aves originárias do Mediterrâneo que causam diversas doenças ao ser humano—já enumeradas por este jornal—, que podem levar à morte.

Renato Abi-Ramia aplaude a iniciativa da lei do vereador Marcos Medeiros e afirma que o poder público, através da Secretaria de Saúde, está fazendo sua parte, mas a população também deve fazer a sua. “Nós não podemos impedir que as pessoas deem comida aos pombos, temos que pedir que não deem, inclusive a população de rua, que recebe alimentos das pessoas em forma de quentinhas, para que não deixem os restos em qualquer lugar a fim de que os pombos não comam. Os restos de comida devem ser jogados na lixeira.”

Recentemente, após o lançamento da campanha, quatro pessoas que tinham o hábito de alimentar os pombos no centro da cidade foram abordadas pela equipe da Secretaria de Saúde e conscientizadas sobre os objetivos a serem alcançados. Três delas aceitaram as argumentações, porém uma não acatou e recebeu mal a equipe. “Infelizmente há essas situações e a gente não tem nenhuma forma legal de impedir que essa pessoa jogue comida na rua, talvez algum outro setor, Guarda Municipal, Postura, Polícia Militar. Afinal, jogar comida, lixo ou qualquer coisa na rua é proibido”, salienta.

Abi-Ramia disse ter ciência do que declarou o vereador Marcos Medeiros, de que há uma grande concentração de pombos no terminal rodoviário norte, em Duas Pedras, até porque é morador do bairro. Mas o problema também é verificado em todo o centro da cidade. E quanto mais comida, mais aumentam os pombos e suas inúmeras doenças.

No Hospital Municipal Raul Sertã o problema teve de ser atacado, inclusive com a colocação de grades, pois os pombos eram uma ameaça para os pacientes. Os mesmos cuidados estão sendo tomados no Hospital Maternidade, por causa dos recém-nascidos. “Pombo é um absurdo. A doenças que transmitem são graves, difíceis de tratar. Se a alimentação for diminuída os pombos vão procriar menos”, frisa Abi-Ramia acrescentando que a população também deve tomar providências no sentido de evitar que essas aves façam ninhos nas casas e demais construções.

O secretário comparou o problema dos pombos à dengue e se as pessoas não ajudarem ele tende a aumentar. “Não adianta só o poder público agir. Se a população não se conscientizar com relação aos criadouros do mosquito da dengue, vamos continuar tendo casos de dengue (graças a Deus este ano só tivemos três casos e espero que pare por aí). A preocupação é dupla mesmo, com a dengue e com os pombos”, finalizou Renato Abi-Ramia.

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