Fazenda da Laje: corpos de dois homens não identificados são encontrados em ribanceira

terça-feira, 13 de março de 2012
por Jornal A Voz da Serra
Fazenda da Laje: corpos de dois homens não identificados são encontrados em ribanceira
Fazenda da Laje: corpos de dois homens não identificados são encontrados em ribanceira

A polícia tenta esclarecer o assassinato de dois homens—um branco, aparentando 40 anos, e outro negro, de 30 anos presumíveis—cujos corpos foram encontrados no último sábado, 10, numa ribanceira da Estrada da Fazenda da Laje, próximo ao sítio Manoel do Queijo, no distrito de Conselheiro Paulino. Devido ao adiantado estado de decomposição dos cadáveres, não foi possível identificar se os desconhecidos foram mortos a tiros ou a pauladas. A perícia criminal feita no local deverá permitir aos investigadores saber se as vítimas foram mortas ali ou se a ribanceira foi utilizada pelos criminosos como “desova”. Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Nova Friburgo e até ontem, 12, ainda permaneciam à espera de identificação, através das roupas que as vítimas usavam—um deles estava de bermuda e camisa vermelha.

O trecho da Estrada da Fazenda da Laje onde os corpos foram encontrados por moradores é totalmente ermo e sem iluminação. De acordo com a polícia, o fato de a circulação de veículos ter sido interrompida no local devido à queda de barreiras na tragédia de 2011 parece ter facilitado ações criminosas ali. No último dia 3, por exemplo, Develin Poletti Araújo, 30 anos, foi assassinado a tiros naquela estrada, nas proximidades da ponte de ferro. A polícia já ouviu alguns depoimentos, mas ainda não conseguiu esclarecer o homicídio. Os detetives acreditam que terão dificuldades para saber o motivo da morte dos dois desconhecidos. Acredita-se que ambos tenham sido mortos no início da semana passada. Agora já são sete vítimas de assassinato este ano em Nova Friburgo.

Crime ao lado da creche do Rui Sanglard: assassino já está preso

Três dias após o assassinato de Marcos de Oliveira Simplício, o Tinoco, 23 anos, morto com pelo menos nove tiros ao lado da creche municipal do bairro Rui Sanglard, quando eram realizadas diversas atividades com as crianças, policiais do Patamo 1, do 11º BPM, identificaram o autor do homicídio: José Bruno Costa de Oliveira, 29 anos, preso sábado, 10. Ele foi localizado na casa onde mora, na Rua João José Cerqueira, no Loteamento São Jorge, distrito de Conselheiro Paulino, após denúncia anônima. Ao ser abordado pela equipe do sargento David, cabo Gilber e os soldados Flaner e Maurício, José Bruno inicialmente negou qualquer envolvimento com o crime que chocou os moradores do Rui Sanglard e assustou muitas mães de alunos, que correram para retirar os filhos da unidade escolar ao ouvirem o barulho dos tiros. Numa revista feita em seguida na casa de José Bruno os PMs apreenderam uma pistola 9 milímetros num guarda-roupa.

Diante do flagrante, José Bruno confessou o crime e disse que matou Tinoco por causa de uma desavença e ainda pelo fato de ele ter se insinuado para sua mulher numa ocasião e lhe humilhado. José Bruno revelou também que conseguira a pistola com Tiago Fernandes Nunes, o Taioba, 29 anos. Os policiais do Patamo 1, então, acompanhados por José Bruno, foram até a casa de Taioba, na Rua B, no Alto do Floresta. Taioba negou qualquer participação na morte de Tinoco, mas acabou preso em flagrante, pois numa revista no imóvel foram recolhidas 130 cápsulas plásticas com cocaína já prontas para revenda e com a inscrição “Trem Bala do Dedé – Pó de R$ 5”.

Em depoimento ao delegado da 156ª DP (Santa Maria Madalena), Mauro Henrique Vieira Braga, de plantão no Centro-Norte durante o último fim de semana, José Bruno sustentou que conseguira a pistola com Taioba mediante a promessa de atuar como “soldado” do tráfico numa boca de fumo, pois não tinha dinheiro para pagar a arma. Decidido a acertar contas com Tinoco, José Bruno telefonou para ele e marcou um encontro na quadra do Rui Sanglard, junto à creche. Chegando ao local marcado, executou-o a sangue-frio. Na delegacia Taioba recusou-se a prestar depoimento, alegando que só fará declarações à Justiça. Ambos foram recolhidos à sala de custódia da 151ª DP, onde aguardam transferência para uma unidade carcerária da Polinter no Rio de Janeiro.

Empresário tem o carro roubado ao sair de casa

Um empresário de 47 anos teve o seu Zarifa prata, KZE 1689, roubado na madrugada de ontem, 12, por um motociclista que o rendeu na Rua Bagé, no bairro Braunes. O empresário acabara de sair de casa e se dirigia para o trabalho quando foi surpreendido por dois rapazes, de capacete, numa moto escura e de placa não observada. O garupa sacou um revólver e ordenou que o empresário desembarcasse deixando o certificado de licenciamento do veículo. A vítima contou ainda aos policiais da 151ª DP que o bandido, ainda com o capacete na cabeça, assumiu a direção do Zafira e fugiu retornando às Braunes, enquanto o piloto do moto fugiu em direção ignorada.

Furtos em casa no Perissê e na rodoviária urbana

Ana Lúcia Pereira Xavier, 46 anos, denunciou ontem, 12, na 151ª DP, o furto ocorrido durante a última madrugada em sua casa, na Rua Marechal Floriano Peixoto, no bairro Perissê. Ela contou aos detetives que seu filho acordou por volta das 4h30 e constatou que seu celular e mais R$ 390 foram furtados do imóvel. Ana Lúcia acredita que o ladrão tenha invadido sua casa pela cozinha, pois o cômodo está sem porta devido à reforma. Nenhum vizinho disse ter presenciado alguma movimentação estranha no local, contudo, foi encontrada uma escada junto ao muro que pôde ter facilitado o acesso do criminoso.

Já na rodoviária urbana, na Praça Getúlio Vargas, a doméstica Cristiane Pacheco da Penha, 26 anos, teve a mochila de napa, roxa, com pertences pessoais e R$ 100, furtada no domingo, 11. Ela disse aos policiais que aguardava um ônibus com seus três filhos menores e por alguns instantes descuidou-se da bolsa deixando-a sobre um dos bancos do terminal. Assim que constatou o furto, Cristiane denunciou o fato à administração da rodoviária. Os funcionários ainda chegaram a examinar as fitas da gravação do circuito interno de TV, mas o local onde aconteceu o furto é considerado um “ponto cego”, não sendo alcançado pelo monitoramento.

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