Editorial - Crescimento explosivo

sexta-feira, 09 de março de 2012
por Jornal A Voz da Serra

OBRAS nas ruas centrais de Conselheiro Paulino estão causando um pandemônio no trânsito do distrito mais populoso de Nova Friburgo, estendendo o engarrafamento pelos sete quilômetros do trecho da RJ-116 até o centro da cidade. O grande número de veículos transforma o percurso numa via-crúcis difícil de suportar.

NÃO bastasse o tumulto com asfaltamento na praça central, é inegável o crescimento industrial, residencial e comercial do distrito, que concentra a maior fatia do Produto Interno Bruto do município. Lá estão instaladas empresas que empregam milhares de trabalhadores e geram renda para a população. Lá também vivem e estudam milhares de friburguenses.

PORÉM, inúmeros problemas ainda caracterizam as dificuldades estruturais para adequar o distrito à sua verdadeira importância econômica e social. Obras de infraestrutura, saúde, educação, meio ambiente, urbanismo, segurança, trabalho, lazer e moradia são alguns deles, mas existem outros cujo olhar político não enxerga, ou costuma não enxergar, e que invariavelmente são os grandes problemas da população.

EXCLUSÃO social, preconceito, drogas e violência são temas complexos que não cabem no discurso dos políticos, principalmente em ano eleitoral e a resposta não está nos gabinetes oficiais. A solução não é fácil e exige um esforço concentrado de todo governo comprometido com a valorização e a qualidade de vida da população.

HÁ ANOS os políticos não têm dado a atenção necessária a Conselheiro Paulino, que cresceu desordenadamente, e até o momento nenhum governo se preocupou com a área em crescente expansão. Agora mesmo, a construção de mais de 2 mil residências no distrito, para os desabrigados da tragédia de 2011, causará impacto que o futuro governo terá de se preocupar. Afinal, provavelmente o distrito abrigará mais novos 10 mil habitantes.

O CRESCIMENTO e o progresso econômico de Nova Friburgo não estão somente nas mãos dos governos federal, estadual ou municipal. Políticas públicas de incentivo à produção certamente passam pelos gabinetes, porém, fazem parte de um todo, capitaneado pela iniciativa privada, que irá comprovar o sucesso ou o fracasso da nossa trajetória. Mas, acima de tudo, cabe ao governo oferecer as adequadas condições para esse desenvolvimento.

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