Homem é espancado pelo vizinho até a morte em noite de horror

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
por Jornal A Voz da Serra

Pedro Soares de Souza, 61 anos, também conhecido como Pedro Perfume, foi assassinado na noite de domingo, 12, numa vila da Rua Atílio Orlando, no distrito de Campo do Coelho, onde morava. Ele foi espancado com mais de uma dezena de violentos socos, todos no rosto, desferidos pelo vizinho, o aposentado Celso Gonçalves Ferreira da Rocha, 44 anos, preso em flagrante por policiais do 11º BPM. Celso, inclusive, pediu aos vizinhos para acionarem a polícia e ficou esperando, ao lado do cadáver, a chegada da patrulha do batalhão.

Celso, que é conhecido na vizinhança como Celso Jogador, disse ao delegado da 154ª DP (Cordeiro), Robson Pizzo Braga, de plantão no Centro-Norte no último fim de semana, que cometeu o crime em legítima defesa, pois teria sido ameaçado de morte a facadas por Pedro Perfume. O réu confesso sustentou ainda que Pedro caiu e bateu a cabeça numa pedra após ter sido golpeado com um soco no rosto com as duas mãos e com toda a sua força.

Quando a PM chegou Pedro já estava morto, com a face parcialmente desfigurada, e seu crânio ainda sangrava. Os policiais não localizaram a tal faca que Celso disse ter sido usada por Pedro na ameaça. Na cintura da vítima, porém, foi encontrada uma bainha de couro usada para acondicionar um punhal. Também não foi encontrada no local do crime uma barra de ferro que, segundo informações apuradas pela polícia, também teria sido usada para golpear Pedro Perfume na cabeça.

A mãe de Celso disse aos policiais militares que o filho é aposentado por motivo de saúde e que ele revoltava-se constantemente com Pedro Perfume devido às importunações do vizinho à família. A mulher revelou ainda que Pedro Perfume por algumas vezes já havia lhe feito propostas indecentes e por chegou a fazer gestos obscenos para ela. A mãe de Celso confirmou que Pedro Perfume ameaçou seu filho de morte com uma faca, desencadeando a discussão seguida da violência.

A filha de Pedro Perfume, que também mora no distrito de Campo do Coelho, disse ao delegado Robson Pizzo que o pai morava sozinho e era alcoólatra. Ela acredita que Pedro deveria estar bêbado no momento da discussão com o vizinho. Celso será transferido para uma unidade carcerária da base Polinter, onde aguardará julgamento.

PM encontra pistola e munição num bar e comerciante é detido

O proprietário de um bar na Rua Romão Aguilera Campos, no Cônego, foi detido na madrugada de ontem, 13, por policiais do 11º BPM acionados para investigar denúncia de perturbação do sossego. Segundo a informação passada à central 190 do 11º BPM por um vizinho do estabelecimento, o volume do som no bar estaria muito alto. O denunciante, inclusive, afirmou que fora ameaçado pelo comerciante com uma arma.

Quando os policiais chegaram, o proprietário do bar alegou que não portava nenhuma arma, mas numa revista em seguida foram encontradas três balas de pistola na bolsa da mulher do comerciante. Ele assumiu que tinha no estabelecimento uma pistola 6.35, da marca Astra, e tirou a arma de um pote. O comerciante disse que comprara a pistola de um cliente e iria revendê-la a um amigo. A história não convenceu os PMs, que o levaram para a 151ª DP, onde ele permaneceu preso.

Greve não afeta plantões de polícia e bombeiros

A greve dos policiais civis e militares, bombeiros e agentes penitenciários do Estado do Rio de Janeiro deflagrada na última sexta-feira, 10, por tempo indeterminado, perdeu força no último fim de semana. Em Nova Friburgo os plantões na 151ª DP, do 11º BPM, do 6º Grupamento de Bombeiro Militar e da 7ª Divisão de Polícia do Interior (DRPI da Polícia Civil) têm sido normais.

A circulação de viaturas do 11º BPM nas ruas, porém, está reduzida coincidentemente desde a última sexta-feira, devido a mudanças na escala da corporação que, assim como os demais quartéis da PM, seguem determinação do Comando-Geral. O patrulhamento do Centro e de bairros com maior movimento tem sido auxiliado pela Ronda Tática Motorizada (Rotam) da Guarda Municipal, com 25 homens baseados em pontos estratégicos, para melhor visibilidade.

Segundo alguns policiais de Nova Friburgo, a greve “furou” devido às prisões de PMs no Rio de Janeiro no primeiro dia do movimento e à concessão antecipada pelo governador Sérgio Cabral de 39% de reajuste parcelado, embora os sindicatos da categoria reivindicassem piso-base de R$ 3,5 mil para policiais e bombeiros. A prisão do cabo bombeiro do Rio, Benevenuto Daciolo, acusado de incitar policiais à paralisação e motins, e ainda o fim da greve dos policiais na Bahia também teriam “enfraquecido” o movimento no Estado do Rio.

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