(SECOM) A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e Trabalho realizou um mutirão no dia 28, na Lagoa Seca e na Granja Spinelli, onde estão localizadas as casas construídas pela Prefeitura de Nova Friburgo para atendimento aos atingidos pelas chuvas de 2007.
Com o apoio da Defesa Civil e da Guarda Municipal, uma equipe de 15 técnicos visitou casas na Granja Spinelli e Lagoa Seca cobrindo mais de 110 residências e fazendo um diagnóstico social das localidades.
O mutirão teve caráter socioeducativo—à medida que fez uma prospecção das necessidades das comunidades visitadas—bem como fiscalizador, ao promover um acompanhamento do uso correto dos imóveis disponibilizados para as famílias e gerar informações que levarão a outras medidas.
Segundo a assistente social Emmanuele Marques, esta foi “uma ação bastante humanizada, pois pelo que aconteceu no mutirão, as populações visitadas pegaram um pouco mais de confiança na Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social e Trabalho ao receberem atenção do poder público”. E, acrescentou: “A ação trouxe de volta um público que havia se afastado e a prova disto foi que, no início da semana, a sede da Assistência Social estava apinhada de usuários”.
Dentre as várias reclamações ouvidas nas entrevistas, as que mais foram apresentadas são as seguintes: falta de ronda policial para vigilância da área; criação de Código de Endereçamento Postal (CEP) para tramitação de correspondência pela Agência dos Correios; poucos horários de ônibus; conserto de ruas danificadas pelas chuvas e contenção de encostas que geram riscos.
A equipe técnica da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social e Trabalho procurou desenvolver a consciência entre os moradores da necessidade de eles se organizarem do ponto de vista de comunidade, criando uma associação de moradores ou algo similar que possa servir de ouvidoria para as reclamações locais, promover respostas imediatas a ações que eles mesmos possam empreender em favor da coletividade e fazer as devidas reivindicações aos setores públicos competentes.
Essa demanda é ainda mais urgente na localidade de Lagoa Seca, tendo em vista o início das obras do “Programa Minha Casa Minha Vida” que, quando concluído, irá gerar um aumento considerável de habitantes naquela região.
“Além disso, há um remanescente de 54 casas a serem construídas pela Secretaria de Obras, com recursos federais provenientes da Caixa Econômica, e o trabalho social é de vital importância para avaliação da situação dos moradores e implantação dessa segunda fase da construção das casas pelo município. Nesta segunda etapa, apenas a Granja Spinelli receberá novas moradias, disse o secretário da pasta, Josué Ebenézer de Souza Soares.
Segundo o secretário, os relatórios apurados deram origem a um diagnóstico social importante para a consecução das atividades de sua pasta: “Estamos munidos, agora, de dados importantes sobre estas duas localidades e vamos encaminhar as demandas para os órgãos competentes para que se possam gerar ações que promovam a melhoria da qualidade de vida dos moradores desses bairros”.
Alguns dados básicos colhidos no diagnóstico social levantado pela subsecretária Lídia Sardenberg nestas duas localidades, a priori, são: das 38 casas da Granja Spinelli, 16% estão cedidas a terceiros, 5% estão alugadas e 3% invadidas. Já na Lagoa Seca, das 78 casas, 5% estão cedidas a terceiros.
Para a assistente social, Cláudia Mara, “o processo de levantamento de dados e acompanhamento de habitações populares é um trabalho exclusivo da política de Assistência Social, considerando as causas pelas quais as referidas famílias foram incluídas nesse programa de habitação”. Informa ainda que “a maioria é oriunda dos desastres climáticos desde o ano de 2007 em nosso município”. E se alegra com a possibilidade dos desdobramentos que este estudo poderá proporcionar: “O levantamento permitirá, inclusive, uma adequação ao processo de organização comunitária com as demais residências que serão construídas próximas ao conjunto habitacional”.
A equipe da Secretaria de Assistência Social de Nova Friburgo entende que habitação é um direito fundamental que deve assegurar às famílias prioritariamente em situação de vulnerabilidade condições adequadas de vivência e convivência. Também está convicta de que a promoção e o acompanhamento dessas famílias não cabem apenas à Secretaria, mas é um trabalho conjunto em parcerias com outras áreas e setores como: Secretaria de Obras, Secretaria de Habitação, Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Serviços Públicos, Concessionária de Energia Elétrica, Concessionária de Água e Esgoto, entre outros. Como bem sintetizou Cláudia Mara: “Viver bem, depende também da estrutura local”.
Ainda informou o secretário Ebenézer, que é determinação do prefeito Sérgio Xavier que as secretarias trabalhem em parceria para a busca das soluções em caráter emergencial para os problemas encontrados no município pela atual gestão: “Vamos encaminhar cada demanda para o setor interno competente ou mesmo para qualquer outro órgão público seja de esfera estadual ou federal que possa atender as solicitações feitas”. E completou: “É momento de um esforço conjunto sem cor partidária ou qualquer outra bandeira para construir uma Nova Friburgo melhor. É neste sentido que a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social e Trabalho está trabalhando”.
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