Queda de barreira e rachaduras em terreno deixam temerosos moradores da Granja do Céu

quinta-feira, 02 de fevereiro de 2012
por Jornal A Voz da Serra
Queda de barreira e rachaduras em terreno deixam temerosos moradores da Granja do Céu
Queda de barreira e rachaduras em terreno deixam temerosos moradores da Granja do Céu

Leonardo Lima

Ilesa na tragédia de 12 de janeiro, a Granja do Céu foi atingida no último domingo, 29, por uma barreira que caiu sobre a Rua Regina Azevedo—a única via de acesso ao bairro. Se, por um lado, não houve registro de vítimas, por outro moradores se viram obrigados a deixar suas residências. Este foi o caso da família de Adriana Knupp Tardin, que mora no local há 37 anos. “Nossa casa nunca havia sido atingida. Meu irmão mais novo, que morava na parte de cima, perdeu tudo”, conta a moradora, que teve sua residência parcialmente destruída.

No dia seguinte ao deslizamento, funcionários da Prefeitura foram até a rua para desobstruir a passagem dos pedestres, que ficaram ilhados. Foram retirados 12 caminhões de terra. Entretanto, enquanto o trabalho era feito, o pai de Adriana, Geraldo Tardin, de 81 anos, foi atingido por uma nova barreira. “Eu estava ajudando os funcionários a tirar a terra e fui em casa jantar. Quando saí da cozinha tomei um grande susto. Quando vi, já estava com terra até a cintura”, relembra.

Segundo o secretário de Olaria, Cônego e Cascatinha, Rafael Guimarães Rodrigues, a situação é ainda mais crítica. “No domingo o tenente-coronel João Paulo Mori (secretário municipal de Defesa Civil) foi até o local junto com o secretário de Obras, Clauber Domingues. Após desinterditarmos a área, ficou claro que haverá novos deslizamentos. Liberamos apenas a passagem de pedestres e veículos leves, mas quando estiver chovendo é preciso muita atenção”, alerta. De acordo com ele, a situação da rua será encaminhada ao rol de obras do governo do Estado.

Outro agravante do perigo é uma rachadura localizada na residência de outro irmão de Adriana, que fica na parte de cima da Rua Regina Azevedo. Parte do terreno cedeu, sendo, inclusive, perceptíveis algumas rachaduras de diversos metros de cumprimento. “Sou nascida e criada aqui. É muito triste ter que deixar nossas casas. Moro na Granja do Céu há 37 anos. Vamos ver se a gente consegue o aluguel social agora. A situação está realmente muito perigosa”, comenta a moradora.

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