Pesquisa de amostragem realizada em outubro de 2011, com mil brasileiros em 70 cidades das nove maiores regiões metropolitanas do país, pelo Instituto Ipsos, por encomenda da Fecomércio-RJ, revelou que 92% dos brasileiros consomem itens de moda, especialmente roupas e calçados. Deste total, 37% compram roupas e calçados a cada seis meses, 25% em datas comemorativas e 17% uma vez por ano. Os dados foram revelados nesta quarta-feira, no Espaço Fecomércio-RJ, pelo economista da instituição, Christian Travassos, ao apresentar o “Raio X do Mercado de Moda”.
Um terço dos entrevistados gastava por ano, de R$ 100 a R$ 200 em artigos de moda. A imensa maioria (70%) costuma fazer os pagamentos à vista. Os principais fatores que influenciam a compra de um produto são preço (93%), conforto (80%) e beleza (74%). Quanto ao local de preferido para a renovação do guarda roupa, 69% responderam comprar em lojas de departamento; 66% em multimarcas; 52% em feirinhas e 44% em estabelecimentos de marca própria.
O economista informou que a pesquisa detectou, de 2010 para 2011, um crescimento no gasto médio do brasileiro com moda. As faixas de gastos mais elevados foram as que conquistaram mais consumidores. Em 2010, 24% gastaram entre 11% e 20% do orçamento com moda, enquanto em 2011 30% situaram-se nesta faixa. Os que destinaram entre 21% e 30% avançaram de 8% para 12%, ao passo que aqueles na faixa de até 10% dos recursos recuaram de 39% para 36 % na mesma base de comparação.
Christian Travassos não sabe precisar se a alta da inflação no ano passado influenciou no aumento dos gastos orçamentários com a moda. Mas lembrou que outra pesquisa nacional da Fecomércio-RJ/Ipsos, para o Natal de 2001, revelou que, primeira vez desde 2006, roupas e acessórios foram a principal opção de presente, tomando a frente de lembrancinhas. Numa resposta de múltipla escolha, 93% disseram que a motivação da compra era o preço, 80% eram influenciados pelo conforto do produto, 74% pela beleza e o aspecto visual. O fato de estar na moda influenciou em 43% dos entrevistados e a marca atraiu apenas 40% das respostas.
O economista apresentou outra pesquisa realizada pela Fecomércio-RJ/Ipsos, em março de 2011, que mostra a força da moda do Estado do Rio. Foram ouvidos 612 empresários dos segmentos de Vestuário, Joias e Calçados, nas cidades da Baixada Fluminense, Angra dos Reis, Cabo Frio, Campos, Rio, Itaperuna, Médio Paraíba, Niterói, Nova Friburgo, Petrópolis, São Gonçalo e Três Rios. Mesmo com o dólar mais em conta, apenas 4% compram de fornecedores do exterior. A imensa maioria (97%) vende para a clientela da própria cidade.
O comércio é o maior empregador do mercado da moda no estado do Rio de Janeiro, responsável direto por aproximadamente 115,3 mil postos de trabalho. O segmento de serviços responde por mais de 17,3% dos estabelecimentos e 12,8% dos empregos. O mercado fluminense de moda envolve mais de 47,2 mil estabelecimentos (9,0% do total do estado) e quase 201,3 mil empregos formais (4,9% do total do estado).
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