(SECOM) O secretário municipal de Saúde, Dr. Renato Abi-Ramia, recebeu a visita de técnicos da Subsecretaria de Vigilância e Atenção à Saúde, na terça-feira, 3 de janeiro, e ontem (quarta-feira, dia 4), a visita de um representante da Força Nacional do SUS, do Ministério da Saúde, em que ambos realizaram vistorias nos hospitais e Postos de Saúde tanto da rede municipal e estadual quanto da rede particular. De acordo com Dr. Renato Abi-Ramia, a
avaliação foi positiva em relação à estrutura e ao plano de contingência elaborado pela Fundação Municipal, que se encontra preparada para atender satisfatoriamente a população em casos de enchentes. “O friburguense pode ficar tranquilo que a Saúde está totalmente organizada para dar suporte em qualquer eventualidade”, afirmou.
O técnico da Força do SUS, Wender Antonio de Oliveira, considerou que o município, em parceria com outras áreas técnicas estaduais e federais, estabeleceu um planejamento eficiente para atender a possíveis consequências dos desastres oriundos das chuvas. Essa também foi a conclusão dos técnicos da Subsecretaria de Vigilância e Atenção à Saúde do Estado, que avaliaram a situação do município após a chuva dos últimos dias. Eles verificaram os planos de contingência para os casos de enchentes, os estoques de insumos e vacinas, a situação dos prontos-socorros e dos locais de abrigo para desalojados e dos pontos de apoio estabelecidos pela Secretaria de Estado de Defesa Civil.
De acordo com a subsecretária Hellen Miyamoto, os hospitais públicos e particulares do município estão funcionando normalmente, com as equipes de plantão organizadas. “Encontramos hoje uma situação bem diferente do que vimos em janeiro do ano passado. Em um ano, a equipe do município se organizou e preparou um mínimo de estrutura para enfrentar as chuvas de verão. Avaliamos todas as unidades, e existe um plano bem-estruturado”, disse.
Foi constatado ainda que há estoques suficientes em Nova Friburgo para iniciar uma vacinação, sobretudo contra tétano, doença mais comum após enchentes. O estoque de hipoclorito de sódio estava baixo e 2 mil frascos foram disponibilizados pelo estado. A solução é usada para desinfecção de pacientes e da água.
A visita das equipes da Secretaria de Estado de Saúde também serviu para orientar a Secretaria Municipal a preparar os médicos e enfermeiros para o correto emprego do Protocolo de Síndrome Febril Aguda, que é o estabelecido pelo Ministério da Saúde como conduta para o correto diagnóstico e tratamento de casos de leptospirose, comuns após enchentes. Leptospirose é uma infecção aguda, potencialmente grave, causada por uma bactéria do gênero Leptospira, que é transmitida por animais de diferentes espécies
(roedores, suínos, caninos, bovinos) para os seres humanos. O contágio se dá pelo contato direto com a urina dos animais infectados ou pela exposição à água contaminada pela Leptospira, que penetra no organismo através das mucosas e da pele íntegra ou com pequenos ferimentos, e se dissemina na corrente sanguínea.
Não existe vacina contra esta doença e os postos de saúde locais devem ser procurados sempre que o paciente apresentar sintomas como febre alta que começa de repente, mal-estar, dor muscular especialmente na panturrilha, de cabeça e no tórax, olhos vermelhos, tosse, cansaço, calafrios, náuseas, diarreia, desidratação e manchas vermelhas no corpo.
A Secretaria Municipal de Saúde visitou previamente todos os abrigos e pontos de apoio montados pela Defesa Civil estadual e municipal para avaliar as condições sanitárias dos locais. Além da avaliação da estrutura física, foi organizada rotina de avaliação da água. Em parceria com o Laboratório Central Noel Nutels (Lacen) foi feito trabalho de cloração da
água, para evitar contaminações também nestes locais.
FONTES: Agência Brasil, O Repórter, Fundação Municipal de Saúde
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