Férias de verão trazem esperança para os hotéis

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
por Jornal A Voz da Serra

Lívia Assad

As primeiras férias de verão depois da tragédia climática trouxeram otimismo para a maioria dos gerentes e donos de hotéis em Nova Friburgo. Após um ano difícil para o setor, os turistas estão começando a perder o medo de voltar à Região Serrana, e as reservas para o Réveillon já comprovam aumento na procura.

Segundo o Convention Bureau, o período de Natal é sempre mais fraco, mas a expectativa para o Réveillon é a melhor possível. A média de ocupação dos 23 hotéis conveniados ao órgão ficou em 45 por cento no Natal e 53 por cento no Ano-Novo.

Proprietária de um hotel no Centro, Marisa Dominguez afirma que é importante ser otimista e acreditar que o movimento vai crescer nas férias.

“Depois da enchente, a procura se manteve igual nos dias de semana, quando, normalmente, recebemos pessoas que estão na cidade a trabalho. Nos finais de semana, tivemos uma queda. O mês de dezembro não serve para avaliar como serão as férias, já que a maioria das pessoas ainda está trabalhando. Mas temos que pensar positivo, o próximo ano será melhor”, garante a proprietária.

Miriam Kato, assistente da direção de outro hotel, em Mury, conta que, apesar dos momentos ruins do ano, o movimento foi maior do que o esperado. Para ela, a tendência para 2012 é melhorar ainda mais.

“Eu acho que, com a cidade mais organizada, tudo vai se normalizar. Até a terceira semana de dezembro, a ocupação para o Natal já estava em 80 por cento. No Réveillon, praticamente todos os quartos estão reservados. Nós estamos comemorando o novo ano como um renascer e um recomeçar. Continuaremos promovendo programações especiais e trazendo sempre novidades para atrair o público”, diz ela.

O distrito de Lumiar, embora tenha sido pouco afetado pelas chuvas, registrou uma queda na procura por hotéis. A dona da pousada mais antiga da região, Irene Klein, está pessimista em relação ao período de férias.

“Até março, o movimento foi inferior a outros anos. Entre março e novembro, tudo parecia ter se normalizado. Agora, em dezembro, as pessoas ficaram com medo das chuvas e deixaram de vir novamente. Natal não existe para a gente aqui este ano, está fraquíssimo. Normalmente, nesta época, já estávamos com Réveillon e janeiro fechados. Piorou muito”, opina ela.

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