Percepção de risco e estado de atenção nas comemorações de fim de ano

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
por Jornal A Voz da Serra

O Projeto Florestar & Cia. iniciou neste mês atividade continuada de percepção de risco com veículo de som (Florestar Móvel) junto a comunidades atingidas nas fortes chuvas de janeiro de 2011. Abrange principalmente as bacias e microbacias do Rio Grande, que se estendem desde Barracão dos Mendes, passando por Córrego Dantas e adjacências, até Conselheiro Paulino e Riograndina.

Esta atividade consiste principalmente em passar para as comunidades conceitos de cuidados e atenção através de som veicular. Tem como objetivo realizar palestra específica sobre percepção de risco junto às áreas atingidas, bastando para isso que uma comunidade ou alguém responsável por um grupo de apoio entre em contato através do site ou e-mail do Projeto Florestar & Cia. Em seguida, é organizada uma ou mais visitas à comunidade, para apresentação de uma ou mais palestras sobre a necessidade de cuidados e percepção de risco, específicos.

O coordenador Luis Latour explica que somente grupos organizados podem e devem pedir as palestras para que um maior número de pessoas possa se beneficiar dessa ferramenta que é totalmente gratuita. “Nós estamos também entrando em contato com uma empresa para adquirirmos um equipamento audiovisual, haja vista que alguns grupos podem ultrapassar 50 pessoas à procura de esclarecimentos e informações pertinentes ao tema que é muito complexo.”

Latour também explica que ainda existem muitas dúvidas nas comunidades atingidas e, que neste período de chuvas, toda atenção será necessária para prevenir situações de risco. “São 254 áreas. Só a união de esforços, principalmente do terceiro setor, com ações voltadas para a prevenção, fará a diferença.”

O coordenador salienta que o grande risco são as residências junto às áreas atingidas que, pela proximidade, possam ser afetadas por uma chuva forte e contínua. Por isso é importante que as pessoas fiquem atentas. “Principalmente os mais jovens. Por terem reflexos mais rápidos podem perceber situações de risco iminentes, e, para isso, devem estar em estado de atenção.”

Algumas dicas

- Atenção redobrada com caminhos de água: se sua residência estiver próxima de outra, interditada, verifique se o caminho não conduz as águas para sua residência;

- Observe o aparecimento de rachaduras em sua residência e se estão aumentando;

- Cuidado também com as chuvas durante a noite. Mantenha sempre uma lanterna próxima, remédios e documentos em lugar de fácil acesso;

- Em caso de perceber algum perigo saia da residência imediatamente para o ponto de apoio em sua localidade. Ao sair à noite, durante chuva forte, procure um lugar seguro, não atravesse pontes com as águas acima delas. Quase todos os rios do município estão assoreados e com qualquer chuva transbordam;

- Cuidado com barreiras ou encostas, mesmo as menores;

- Veja se sua residência tem um bueiro próximo, verifique se está entupido, procure saber para onde as águas seguem, se vai afetar outras residências principalmente em localidades elevadas;

- Em algumas localidades pedras ficaram descobertas, verifique se há movimentação, se há árvores que ofereçam risco à sua residência.

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Luis Latour cita um exemplo de encosta que merece cuidados. Fica na Rua Souza Cardoso, que está em meia-pista, apesar de receber fluxo pesado de veículos. Há indícios de que não suportará as próximas chuvas, podendo criar transtornos a centenas de pessoas.

Outro exemplo é o córrego que desce da Granja Spinelli e passa no bairro Lagoinha. Merece muita atenção porque mudou o seu curso. Passa por baixo da pista, junto a uma encosta formada nas últimas chuvas, localizada abaixo do nível da Rua Souza Cardoso; pouco à frente passa por dentro da Fábrica de Filó e por toda a extensão de dois conjuntos residenciais—Bom Pastor—por baixo da Rua Souza Cardoso, próximo à Praça do Suspiro, também por baixo de várias residências e ao lado do Clube de Xadrez, até desaguar no Rio Bengalas. “Imagine o tamanho da complexibilidade de um enorme impacto ambiental, gerado ao longo de vários anos, sem levar em consideração os caminhos das águas de um córrego ou um rio”, finalizou Latour.

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O Projeto Florestar & Cia., com o Florestar Móvel, em parceria com o escritório regional do Ibama de Nova Friburgo e jornal VOZ DA SERRA, estará em sinal de atenção com atividades de percepção de risco junto às comunidades atingidas. Luis Latour estende também seus agradecimentos às empresas apoiadoras Silthur Construtora e EBMA.

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