Domingo passado, 27 de novembro, a Coordenadoria de Defesa Civil de Nova Friburgo, com a Defesa Civil do Estado e com a ajuda da Defesa Civil de Duque de Caxias, realizaram o treinamento prático da implantação do Sistema de Alerta e Alarme por Sirene, do Programa de Proteção e Preparação de Comunidades Contra Desastres Naturais. Cinco comunidades foram treinadas, somando dez comunidades até o momento: São Geraldo, Santa Bernadete, Cordoeira, Jardinlândia e Córrego Dantas.
Apesar do dia chuvoso, a participação foi considerada boa pela coordenação da Defesa Civil. De acordo com o tenente-coronel João Paulo Mori, o objetivo é fazer com que as pessoas saibam onde fica o ponto de apoio e conheçam as rotas seguras para se chegar até ele, além de se familiarizarem com o toque da sirene. “Em cada comunidade são promovidas antes palestras sobre os procedimentos, para culminar nesse treinamento prático. Já treinamos 10 comunidades e em cada uma cadastramos os moradores para futuro envio das mensagens SMS [os torpedos de alerta]”, informou.
A Secretaria de Ordem Urbana estava representada pelo coronel Hudson de Aguiar. “O trabalho da Defesa Civil é de grande importância também no período que antecede as chuvas. A transformação da DC em secretaria significa um avanço para Nova Friburgo. É um órgão que poderá trabalhar com melhores condições operacionais, com mais dinamismo e autonomia”, ressaltou o secretário. Participaram ainda: a Defesa Civil do Estado do Rio com 50 pessoas e a de Duque de Caxias com 40, Cruz Vermelha, com 15 pessoas, a Adra e o Granf (radioamadores) com mais 15, o Sanatório Naval com outras 35 pessoas, a ARF (Associação Rio Fluminense) com 30. O número de voluntários ultrapassou 200 pessoas.
O tenente-coronel Mori disse que outro fato importante nesses treinamentos é conhecer e identificar nas famílias os portadores de necessidades especiais, pois estes precisam de atendimento especializado para os seus deslocamentos.
O coronel Robadey, da Defesa Civil do Estado, informou que este sistema de alerta por sirenes está sendo implantado pelo Estado com participação fundamental das coordenadorias. “A Defesa Civil Estadual resolveu instalar 72 sirenes em Friburgo, Petrópolis e Teresópolis. Dez comunidades já contam com esse sistema, mas temos que superar os atrasos, pois nossa meta era de que nas 20 comunidades os sistemas estariam instalados até o dia 30 de novembro. É fundamental que a população ao ouvir as sirenes aja com a maior tranquilidade e se desloque para o ponto de apoio ou para algum lugar seguro, que pode ser a casa de um parente ou amigo. Estamos percebendo que a população está bastante engajada nesse plano”, afirmou.
Apesar de não ter participado das palestras (mas sua mãe sim), a adolescente Tainá participou do treinamento prático no domingo. Ela reagiu ao chamado do carro de som e se deslocou para o ponto de apoio. Outra moradora de Córrego Dantas, Ana Lúcia, também reagiu ao ouvir o aviso pelo carro. “Moro afastada da sirene, mas ao ouvir o carro imediatamente vim para cá. Acho importante esse treinamento para sabermos o que fazer. Acho que todos vão se retirar nos momentos do toque da sirene”, disse Ana Lúcia.
Juntamente com o toque da sirene, a Defesa Civil distribuiu panfletos informativos sobre a monitoração do sistema de alerta e alarme por sirene—e uma cartilha intitulada “Comunidade mais Segura”, sobre mudança de hábitos e redução de riscos de deslizamentos e inundações.
Existem três tipos de mensagens: ALERTA, que informa previsão de chuva; ALARME, que determina que a população deve se deslocar; e DESMOBILIZAÇÃO, que informa que a situação voltou ao normal e que as pessoas podem retornar às suas casas. Quando os alto-falantes são acionados, agentes voluntários das próprias comunidades entram em ação e orientam as pessoas.
Nos treinamentos e por meio dos panfletos, a população obtém informações sobre a forma correta de proceder quando a sirene for acionada: reunir familiares, pegar somente documentos e medicamentos necessários, desligar chave de luz e gás, manter a calma e se deslocar para o ponto de apoio. E também sobre o que não se pode fazer, como tentar carregar objetos grandes e pesados.
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