Editorial - Erro persistente - 30 de novembro 2011

quarta-feira, 30 de novembro de 2011
por Jornal A Voz da Serra

O PREFEITO interino Sérgio Xavier continua promovendo as prometidas alterações no secretariado municipal e uma das mais recentes é a mudança do titular da Autran. É a terceira alteração no comando da autarquia em apenas três anos de governo.

PORÉM, mais importante que a modificação é constatar a dura realidade dos dias atuais, sendo um dos piores exemplos o transporte no município, onde sobram placas proibitivas e faltam vagas para os mais de 70 mil veículos emplacados na cidade. Sai o coronel e o problema persiste.

SEM vagas e contando com a dura vigilância contra infratores, as ruas se transformam num labirinto no qual motoristas não encontram saída. O jeito, infelizmente, é pagar—e caro—por uma vaga num estacionamento privado, deixando as ruas e avenidas para os funcionários públicos de todos os níveis, bancos, farmácias, supermercados, deficientes físicos, veículos de carga e um sem número de outros privilegiados.

NÃO resta dúvida que o ponto nevrálgico para quem quer vir de carro ao centro da cidade é a procura por vagas. Moradores e turistas lamentam as dificuldades e pedem, há muitos anos, a necessária modificação para permitir um livre escoamento do tráfego, mas até agora a Autran não realizou nenhuma mudança que viesse a favorecer os motoristas. Resultado: um trânsito bagunçado.

COMO se não bastasse o sufoco, os preços cobrados nos estacionamentos estão se tornando impagáveis. Estão cobrando até 4 reais a hora, numa verdadeira afronta a quem depende de estacionamentos no centro da cidade. E contra este mal, infelizmente, nada pode ser feito.

AS PLACAS de sinalização proibitiva ou restritiva se espalham com velocidade na cidade, retirando do cidadão o livre trânsito. A solução encontrada pelos motoristas para as vagas gratuitas é chegar bem cedo ao centro da cidade, se quiser arrumar um lugar, mesmo sabendo que já encontram as vagas “cativas” de um sem número de moradores de prédios sem garagem, aumentando ainda mais o sufoco.

O TRÂNSITO tem sido o responsável pela bagunça generalizada nas grandes metrópoles brasileiras e o mal se alastra pelas pequenas e médias cidades, como Nova Friburgo. Buscar novas soluções antes que o mal se alastre e se enraíze, por enquanto, está somente nas cabeças dos motoristas. Nossas autoridades, infelizmente, ainda não acordaram para esta realidade, com prejuízos evidentes para toda a comunidade. Até quando?

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